Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Incompreensão.

Incompreensão.

Eu não consigo compreender algumas coisas nesta vida. Talvez minha inteligência seja limitada, minha criatividade pouca e minha sensibilidade elevada demais. Uma das coisas que não compreendo é, como pode uma pessoa desejar a sua companhia num dia, dizer que quer lhe fazer feliz, que é totalmente “sua” e, no outro, não titubear em se afastar de você por este ou aquele motivo?
Eu, sinceramente, não encontro justificativa que não implique numa conclusão: a pessoa dizia o que não sentia. Simples! Quando uma pessoa gosta de coração da outra, ela faz de tudo para ficar ao seu lado, para enfrentar as dificuldades da vida tendo o amor e a ternura de alguém.
Apenas quando uma pessoa não gosta verdadeiramente da outra é que ela usa seus problemas e “poréns” para justificar seus atos. Quem quer dá um jeito, quem não quer arruma desculpas. Isso antes, durante e até após o relacionamento.
Não adianta vir com aquele papo “mas eu gosto de ti de verdade”. Se gosta fica junto, se não gosta não fica. A situação é objetiva, não é necessário muitas elucubrações para entender o óbvio, o lógico, o gritante.
Portanto, palavras não me convencem, aliás, cheguei a tal ponto da minha vida que elogio algum, que palavra carinhosa alguma é capaz de me encantar. Não mais. A mim, lamento, mas não convencem. O que é uma lastima na minha própria existência, vez que é quase humanamente impossível entabular uma relação e não crer no que o outro diz sentir.
Esse é o ápice do amadurecimento triste, do amadurecimento sofrido, do amadurecimento oriundo de dor e frustração. O que as pessoas falam não “diz” nada a respeito da realidade de seu sentir. É conduta que fala, é conduta que diz mais do que qualquer livro romântico e declarações afetuosas. São os atos e não as palavras que, realmente, dizem tudo o que a gente precisa saber a respeito dos sentimentos do outro.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 1º de setembro de 2014.

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