Arcabouço.
Estava assistindo a um DVD e me recordei dos anos
de 2006 até 2010. Quantas emoções! Sou capaz de me teletransportar a tal
período de tempo. Talvez, da vida, eu só queira algo que me faça superar o meu
passado muitíssimo bem vivido.
Que graça tem o superficial perto da intensidade do
que já vivi? Nenhuma. E isso faz com que a gente não sofra e nem reclame de
nada, porque esse "nada" não superou o que outrora vivemos. É nada,
enfim.
Enquanto não surgir algo grandioso que nos faça
deixar nossas melhores memórias de lado, é melhor tê-las do que valorizar o
perene, o insosso, o superficial e, consequentemente, sem valor! Realmente, a
maturidade não nos agracia em vão. A cada dia a valorizamos mais, porque a
nossa força aumenta. Aumenta muito.
A gente passa a ver com nitidez a quem e a que
devemos dar importância, o que e de quem devemos nos recordar e separa isso
daquilo que, nos impomos o dever de esquecer. O dever de “deletar” da nossa
mente.
Uma vida bem vivida não é aquela cheia de luxo e
grandes viagens, mas aquela cheia de emoções, de romances bem vividos, de paixão,
de entrega. Uma vida bem vivida conduz à maturidade. Mais, conduz a um arcabouço
de experiência. Arcabouço que ninguém pode nos roubar e que acaba, pois, com o
tempo, sendo uma espécie de escudo contra tudo o que parece ser grandioso, mas
é pequeno, é vil.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 08 de setembro de 2014.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.