Dinheiro e diversão.
Sabe por que as pessoas dizem que dinheiro não traz
felicidade? Em alguns casos, porque não sabem gastá-lo, não sabem comprar com
ele coisas que podem lhes fazer felizes, não tem bom gosto, são tão materialistas
que só pensam em guardá-lo e não em usá-lo, em outros casos, porque são doentes.
Sim, doentes! Depressivas, psiquicamente
problemáticas, do tipo infeliz que não se contenta com um sapato novo, uma
bolsa importada, um perfume francês, uma viagem, um vinho bom, uma boa refeição,
uma viagem, um livro.
Pessoas sãs emocional e mentalmente sabem que
dinheiro não muda índole, não muda personalidade e não cura problemas mentais e
psicológicos, logo, tais pessoas sabem, ao menos, o que fazer com ele para se
divertir e, hipocrisia a parte, sabem que ter conforto é divertido.
Quem não gosta de uma boa cama, um plano de tv a
cabo que possibilite assistir diversos filmes e programas, quem não gosta de
roupa bonita, de arrumar o cabelo, de poder gastar com livros, vinhos, comida
boa, tratamentos estéticos, plásticas, quem não gosta de se sentir bonito e
elegante, sinceramente, ou é doente da cabeça ou é burro demais. Frise-se, porém, que quando falo em dinheiro, é daquele que a gente conquista trabalhando, porque, se tem algo que dá mais graça às nossas aquisições é saber que elas não caíram do céu e nem foram conquistadas sem trabalho, só com malandragem e golpe em gente burra. Dinheiro bom é o dinheiro da gente.
Ademais, dinheiro não se batalha para guardar,
dinheiro foi feito para comprar o que nos faz feliz. Simples, vivemos num mundo
capitalista: o que é bom custa dinheiro! A gente só não paga para contemplar a
natureza, mas, não raras vezes, pagamos para chegar até um local “naturalmente”
belo! Não sejamos hipócritas!
Se o problema for uma paixão frustrada, um amor não
correspondido, ah, meu amigo, sinto muito, mas vá chorar na Big Apple ou na Califórnia!
Vá se dedicar ao trabalho, ao menos, para ter grana e vir a amargar um belo
porre num hotel chique! Amor é bom, mas oxigênio e amor próprio são essenciais.
Use o que você tem e seja feliz, ainda que só. Um
jantar animado, uma taça de vinho e uma bela imagem refletida no espelho animam
qualquer um. Qualquer um que seja emocionalmente saudável, o resto das pessoas,
é verdade, não fica feliz nem em Paris, nem numa mansão, nem em lugar algum do
mundo. Para esses, só um pai de santo, um padre, um bom antidepressivo e,
quiçá, um exorcismo ou um dia numa fila do SUS. Só lamento!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 29 de setembro de 2014.
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