Calmamente.
A verdade é que nas frustrações a gente aprende as
mais fortes e necessárias lições. Nada é por acaso, nem mesmo as nossas
decepções. Às vezes tudo o que a gente precisa é levar uma rasteira para
aprender a levantar e seguir andando no salto, às vezes a gente precisa passar
por transações: hoje a mulher independente, mas que confia demais, amanhã a
mulher independente e fechada. E isso é bom!
Quando a gente se fecha, nos tornamos mais firmes e
ficamos onde devemos estar, de forma que, só daremos a abertura da confiança
para quem nos provar, dia após dia, que nos merece, que vai nos fazer bem e que
nos quer bem.
Hoje a mulher imediatista, que acredita que
presentes caem do céu como sonhava na infância, amanhã aquela que só crê no que
vê, que só crê em quem fica melhor com o tempo e não em quem chega falando
muito e cumprindo pouco.
Sinceramente? Existem pessoas que surgem na nossa
vida para que nos tornemos mais complicadas, mas menos sensíveis, menos tolas,
menos românticas, mas não menos encantadoras. O nosso encanto está na índole e
não na dureza que temos após cansarmos de confiar nas pessoas.
Você costuma achar por muito tempo que confiar é
essencial, que você não será feliz se não confiar nas pessoas. Lamento dizer,
mas isso não é verdade. Do jeito que o mundo anda, meu amigo, quanto menos você
confiar, menos irá se decepcionar e sofrer.
Todavia, aconteça o que acontecer, a sua alma, de você,
ninguém tira. Não importa quem lhe feriu, quem lhe magoou, como e porque o fez,
importa, isto sim, o que você vai fazer com aquilo que a vida e as pessoas
tentaram lhe tornar. E, eu espero, faça o melhor, faça o bem.
Ocorre que fazer o bem, não raramente significa
recolher-se, desconfiar mais, se entregar menos. Alguns irão reclamar deste seu
novo jeito, outros irão, aos poucos, mostrar que ainda é possível ter fé na
humanidade. E, lhe digo, quem vai fazer isso chegará calmamente na sua vida,
sem palavras de efeito, sem promessas vãs.
Quem quer vai aprender a lidar com a sua rigidez,
como a água que bate na pedra. Quem não quer desiste. E que desista logo,
porque mais desconfiada ou menos a gente não gosta de perder tempo. O tempo
urge! E a vida, meu caro, a vida nos pertence!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 05 de setembro de 2014.
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