O poder da “exclusão”.
Em era de relações virtualizadas eu confio na exclusão
e no tal do “bloqueio”! Esse “desfazer amizade” tem um poder enorme! Teve época
em que as pessoas queriam seus nomes fora da agenda do outro, da mesma forma,
existia a história de que “telefone mudo” não poderia chamar.
Em terra de celular, whatsapp, facebook Messenger,
facebook normal, viber, dentre outros, a gente tem um trabalho maior do que
excluir o nome de alguém da nossa agenda de papel e tirar o telefone do gancho,
por exemplo.
Nada que alguns minutos e boa vontade não resolvam!
Você deleta aqui, deleta lá e pronto! A pessoa esta fora da sua virtualidade. Dá
para bloquear se quiser, mas não sou muito adepta, só bloqueio quem é
insistente e chato demais.
Eu sou uma pessoa bastante orgulhosa em
relacionamentos, mas eu tenho uma vantagem: penso em meus sentimentos acima de
tudo. Logo, se eu posso deixar a pessoa no meu facebook para mostrar-lhe como a
minha vida segue bem longe dela, ainda assim não faço. Sou um tanto orgulhosa, não
idiota. Humildade às vezes cai bem.
Por que eu iria ficar com alguém cuja foto me faz
lembrar alguma ilusão que eu tive? Não, não. Masoquismo não é comigo. Sem contar
que, aquilo que não é visto, costuma não ser lembrado. Ou melhor, é bem menos
lembrado.
Se o ato de excluir mostra que você gosta da
pessoa? Claro que sim. Se você não gostasse não precisaria exclui-la, quem não gosta
é indiferente. O sujeito esta ali e você não sente nada, absolutamente nada. Todavia,
gostar não é feio, assumir que gosta também não, feio é insistir, feio é ligar,
feio é mandar whatsapp, SMS ou telefonar bêbada para o sujeito que, se lhe
merecesse, estaria com você. Enfim, antes orgulhosa do que otária!
Quem fica comigo, por pouco ou muito tempo, sabe o
que sinto. Conhece meus sentimentos, sou demasiado transparente para esconder
se estou entusiasmada ou não com uma pessoa. Todavia, a partir do momento da “exclusão”
começa se formar em mim o reverso do gostar.
E o reverso do gostar não é o desprezar ou o “odiar”,
é a conclusão lógica: não “rola” mais e eu mereço mais! O reverso do gostar é
conseguir, quiçá, olhar a pessoa na rua, cumprimentar, e seguir andando de olho
no que seja melhor e não nela. É seguir adiante ciente de que aquilo era
complexo demais para você, como um livro escrito em hebraico, mas que tem uma
capa legal: sem chance! Sem nenhuma chance de você continuar a leitura.
Isso, claro, você não sente no exato momento em que
tira alguém da sua vida virtual, mas, sem demora você consegue, o primeiro
passo você já deu: o não querer mais “nem ver”. Se gostando ou não, deixe
estar.
Siga adiante, olhe para os lados, se ame e espere, faça
coisas diferentes, se divirta, conheça pessoas, quando você tira algo que não deveria
sequer ter passado pela sua vida, ela lhe traz o que não vai fazer por merecer
ser dela excluído.
Afinal, para que ver o que não merece ser visto?
Para que se lembrar do que não merece ser lembrado? Aliás, lembranças de alguém
são algo sinistro: por que lembrar se a pessoa passou pela sua vida? Se passou,
não lhe fez bem e, se não lhe fez bem, porque recordar? Seja lógico!
Se tal pessoa fosse legal para você não precisaria recordar, você a abraçaria! Ela estaria próxima a você. Portanto, clique na tecla delete, desfaça amizade, apague o telefone, apague fotos. O que não está em nossa vida, porque não se afinou conosco, não merece ficar gravado nem em nosso celular. Praticidade e objetividade são tudo na vida de um ser humano!
Se tal pessoa fosse legal para você não precisaria recordar, você a abraçaria! Ela estaria próxima a você. Portanto, clique na tecla delete, desfaça amizade, apague o telefone, apague fotos. O que não está em nossa vida, porque não se afinou conosco, não merece ficar gravado nem em nosso celular. Praticidade e objetividade são tudo na vida de um ser humano!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 04 de setembro de 2014.
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