Ai que dó!
Não tenho medo de gente fofoqueira, de gente fútil
e medíocre. Se a pessoa quer saber o que se passa comigo, não me abstenho de
dizer. Se o problema de gente maldosa e tosca é a curiosidade eu sacio.
A minha versão sobre o que sinto ou ocorre comigo
eu não omito. Nem tenho porque, não me envergonho de nada que faço. Não sou má,
tampouco burra. Se caio em ciladas é porque foram bem armadas, porque fui bem
iludida. Ora, ninguém é perfeito ou santo!
Não tenho vergonha de nada que faço, de nada que
sinto, de nada que penso. Acho um desperdício de vida viver com medo da opinião
alheia, abrir mão da minha felicidade em prol de uma visão hipócrita daquilo
que querem de mim.
Portanto, se o fofoqueiro for do tipo curioso, se
precisa saber o que se passa comigo, venha à mim, me pergunte, que não irei me
omitir. Agora, faça-me um favor, só não invente nada, só não coloque palavras na
minha boca nem atitudes que não tomei na minha “conduta”, quando fores se
distrair e falar de mim por aí.
Fale, comente, indague, mas não invente. Se tem um
tipo de fofoqueiro maléfico é o que inventa, o que projeta seus defeitos e sua
imoralidade nos outros. Destes eu fujo. Mas os fofoqueiros tolinhos e curiosos,
esses são mais deglutiveis. Esses me “passam”, são menos abjetos.
Enfim, você que se satisfaz em saber da vida
alheia, você que tem necessidade de descobrir os meandros do agir do outro. De
você eu tenho pena, eu tenho dó. A sua vida é tão imensamente entediante que se
não fosse a possibilidade de falar da vida alheia nem assunto você teria! Que
tédio meu caro! Que tédio!
A minha vida segue boa, livre, independente e
feliz. Não preciso ver a lágrima alheia para sorrir, nem o
"movimento" da vida dos outros para me empolgar a viver. A minha
vida, eu sempre vivi bem. Com maestria, na verdade.
Ao contrário de você que, sem fofoca, morre de
tédio. Que, sem fofoca se mata malhando, porque não tem capacidade de refletir
sobre nada, de forma que cuidar do corpo é seu maior entretenimento, já que a
alma e o cérebro são vazios.
Ao contrário, também, de você, que quando se reúne com
as amigas e conhecidos passa a maior parte do tempo falando da vida dos outros
e criticando-lhes. Ao contrário de você que tem mais roupas no closet do que neurônios
e mais sapatos do que cultura. Ai que dó! Ai que dó
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 08 de setembro de 2014.
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