Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 30 de setembro de 2014

Mães e filhos.

Mães e filhos.

Não ser mãe não faz de uma mulher "menos mulher", nem de um homem "menos homem". Aliás, seguidamente vejo pessoas incapazes de dar educação, carinho, afeto e limites ao filho cobrando a reprodução da espécie de terceiros.
Filhos tem quem deseja, quem tem preparo psíquico e pode sustentar. Ou melhor, deveriam ser apenas tais pessoas. Filho chora, ocupa tempo, faz birra, tira o sono, custa caro, implica em milhares de responsabilidades e abstenções. São contratos eternos de um bem que não é seu, mas do mundo.
Filhos não são meros companheiros, porque hoje estão, amanhã deixam de estar com você. Idade para tê-los? Aquela na qual você está de bem consigo, no amor, na intimidade, na mente, no trabalho e na conta bancária e, sobretudo, aquela na qual você compreende que eles são seus e não dos avós, da escola ou da baby sitter.
Ademais, sequer em seus cuidados, como mãe, especificamente, você deve contar demais com o pai. Não raras vezes os casamentos findam, porque a mulher, após a maternidade, deseja do marido atos que ele não consegue fazer, ou não quer, enfim.
Entenda: alguns homens só conseguem prover e cuidar em determinadas situações, em caso de rompimento, o filho ficará com você, se conseguires ser uma mãe melhor do que o marido foi como pai e é está a regra, infelizmente. A igualdade está na lei, na Constituição Federal e não na mente, no instinto e na alma. Enfim, ter filhos requer uma maturidade que nove em dez pessoas que os tem, não possuem.
E eu lamento isso. Ter filhos não é obrigação que você tem até está ou aquela faixa etária, é escolha que você faz ciente de que seus próximos anos não serão livres como seriam se você não os tivesse.
Não existe idade certa, mas condições de vida necessárias para se ter filhos. Se a maternidade compensa? Dizem que sim. A minha preocupação, no entanto é que as mães relapsas, fúteis e mal educadoras também respondem positivamente a tal pergunta. As mães possessivas, doentias, paranoicas também louvam a maternidade.
Portanto, pense, planeje e repense, afinal bebês são lindos, são bênçãos, mas lhe exigem responsabilidade eterna, amor e entrega permanentes. Se você não está disposta a amar mais a alguém do que a você mesmo, não tenha filhos, o mundo não precisa de mais pessoas mal criadas, egoístas e revoltadas, assim como não carece de pessoas hipócritas e imaturas que apregoam a dádiva daquilo que mal sabem fazer e ser. As mães, no caso.
Seja o que for que você venha a fazer, ter ou não ter filhos, pense muito antes. Gerar uma vida é uma dádiva, até crianças de 13 anos a possuem, ser responsável pela educação e construção do caráter de alguém é, no entanto, uma responsabilidade imensa e permanente.
Respeitar, dialogar, saber o momento certo de repreender, de se impor sem castrar, sem macular a inteligência e a liberdade de espirito do infante, requer dedicação, requer maturidade, requer consciência da importância de seu papel. Consciência que falta naquelas inúmeras pessoas que acham que ter filho é soltar no mundo e deixar ao arbítrio de Deus.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de setembro de 2014.

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