Equilíbrio.
Eu sou uma pessoa relativamente ambiciosa. Sou bem
contente com quem sou e possuo, mas não perco os anseios futuros. Todavia, eu
ambiciono mesmo é ter dias equilibrados. Não gosto dessa coisa de mudar de
rotina, de mudar de sentimentos e inspiração.
Não curto, ao menos, ir de um extremo ao outro.
Tipo estar contente com alguém num dia e frustrada no outro. Acho que ninguém
merece tal experiência. A gente merece equilíbrio, a gente merece dormir e
acordar com os mesmos sentimentos pela vida e por quem conhecemos.
Nada pode ser mais incrivelmente chato do que a
frustração. Ela nos desequilibra, nos revolta. Algo tipo: “Ora, mas “por que”?
Porque ser isso e depois virar “aquilo”. Não curto incoerências, não curto
situações disparatadas, não curto situações que não “fecham”.
Gosto do que segue uma lógica, gosto da coerência
entre palavras e atos, entre o que se faz e diz hoje e o que se fará e dirá
amanha. Dispenso situações bipolares, dispenso situações variáveis e dispenso
sentimentos e sensações variáveis. Se mudanças grandes de sentimentos e humor
não fossem perniciosas a bipolaridade não seria um distúrbio mental.
Equilíbrio, é dele que precisamos.
Todo mundo merece uma vida intensa, mas que ela
seja construída numa sequência de dias equilibrados, alegres, animados, cheios
de entusiasmo. Ninguém merece ver o passarinho verde num dia e um corvo no
outro. Ninguém merece ilusão. Ninguém merece desequilíbrio. Ninguém.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 03 de setembro de 2014.
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