Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Não me permito!

Não me permito!

As horas passam, os dias passam e tudo o que não deve estar em nossa vida ou em nosso coração desaparece. É assim com a tristeza. Disse o poeta que ela não tem fim, mas a felicidade tem. Eu discordo, sou uma mulher feliz, optei por ser plenamente contente com o que possuo e com quem eu sou, não dou azo a sofrimento na minha vida.
Sinto dor, mas não me mantenho com ela. Tristeza não me pertence, mal humor não me pertence, carência e falta de auto estima também não. Se o agora me desapontou, o depois vai me surpreender. Porque eu quero que surpreenda, porque tenho a notória capacidade de "deixar para lá", de me resignar, me olhar no espelho, passar um batom vermelho e sorrir. Tenho a habilidade de amar aquela alegre mulher que meu espelho reflete.
Após três décadas de vida a dor tem prazo na minha vida. Ela dura um dia, no máximo. Valorizo a minha tez, valorizo a aparência que Deus me deu. Está para nascer quem me faça permanente mal, está para ser inventado sentimento ou tristeza que me faça envelhecer, como diria o Rodrigo Cambara, ainda não inventaram a bala que há de me matar.
Passa um dia, passam dois, só não passa o meu hábito de ser feliz, de sorrir, de seguir adiante e colocar no lixo o que não faz por merecer existir longe dele. Frieza? Não, objetividade. Tudo o que for bom grudara em mim, o resto se desloca, se descola. O resto é resto e, de resto ninguém vive. Não eu.
Eu sou intensa demais em meus sentimentos, inclusive na dor. Eu sou intensa, não extensa, capiche? Fico triste, muito triste por alguns momentos e deu. A gente perde a razão quando se entrega a lamúrias e a ausência de alegria. Você tem o direito de se desapontar, de se enganar, de sofrer, mas não tem o direito de se torturar, de se manter triste mais tempo do que o necessário para dizer: “Deu, passou, foda-se!”.
O único sentimento que, além de intenso deve ser sentido “extensamente” é a paz e a felicidade, o resto pode ser vivido, mas brevemente, muito brevemente, afinal, se frustrar não muda nada, lastimar os atos e as atitudes de alguém não irão lhe mudar, dizer “acabou, passou e terminou” resolve. “A história termina aqui e agora eu volto de onde parei: feliz, bem resolvida e alegre, muito alegre!”. Isso serve, isso me serve.
Você pode se sentir frustrado um dia ou dois, mas não pode ser uma pessoa frustrada, uma pessoa amarga, uma pessoa infeliz. Talvez não confiar mais nas palavras que ouve seja um excelente caminho, mas ser uma pessoa permanentemente revoltada é o fim da picada! É desperdício de vida, desperdício de beleza.
Disse o House certa vez que ele “é bonito demais, para cuidar de papelada”. Pois eu sou obrigada a dizer, eu sou bonita e inteligente demais para ficar triste por mais de um dia. Para ficar triste por causa de atos alheios. Não combino com bipolaridade, se hoje sofro, amanha me recomponho, coloco um vestido preto, um salto alto, compro sapatos novos e sigo adiante, alegre, esperançosa e fazendo o que amo, ao lado de quem me ama e merece o meu prezar.
Sou boa demais para resignar-me a dor por mais de horas. Quem não sabe quão boa eu sou, com certeza não me conhece, porque quem conhece sabe que, da vida, eu mereço tudo, menos amargar uma cara amarrada e um coração entristecido.
E que venham os dias, e que venham os desafios, porque, meu amigo, coragem e entusiasmo nunca me faltaram. Imperfeita sim, mas feliz, com o perdão do julgamento dos perfeitos. Perfeitos hipócritas!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 02 de setembro de 2014.

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