Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Saculejada.

Saculejada.

A forma com que uma mulher age é resultado direto das relações que ela teve, dos homens com os quais ela se relacionou ou conheceu. Uma mulher difícil não é difícil em vão. Nada pode ser mais útil para tornar o coração feminino mais duro do que um homem que lhe engana, que lhe fere.
Mulheres mudam a forma de agir, de ver a vida e as relações após algumas decepções. Uma mulher ferida, meu amigo, é uma mulher evoluída ou, ao menos, a um passo da evolução.
Uma mulher sofrida não cai em qualquer papo. Depois de alguém trair sua confiança e sentimentos, a criatura não volta a ser a mesma. Ela exige mais, ela não se contenta com conversa, com papo, com “intensidade”. Ela quer a extensão de atitudes, a continuidade, a coerência.
Na verdade, homens sacanas nos mostram quão importante é a tal da coerência! Eu sinto, eu falo, eu ajo. E, minha amiga, a gente só vai perceber isso com o decurso dos dias, dos meses. Logo, depois de um cara sacana a gente deixa de lado a mania de se empolgar, de se apaixonar, de se entregar.
Depois de se desapontar e ter o orgulho e o ego ferido a mulher toma a saculejada que precisa para ir adiante ao quesito maturidade. Enfim, a gente deixa de lado o romantismo, o hábito de sentir antes de pensar bem e, com isso, criar castelos de areia.
A realidade é que a gente só amadurece e percebe como certa carência e romantismo podem nos fazer mal, depois de conhecer um estelionatário afetivo. Na verdade a gente deveria agradecer ao tipinho. Eles não vêm à nossa vida para muita coisa, mas deixam a melhor lição que podemos ter: não se confia em palavras, só o tempo mostra quem vale mesmo a pena, enfim declarações de paixão não dizem nada. Absolutamente nada.
E assim a gente se torna mais exigente, mais forte, mais madura e mais esperta. Um malandro entra na nossa vida e sai da forma como que entrou, mas doa parte da sua malandragem pra gente. E isso não tem preço, em especial quando você é meio inocente e bobinha. Agradeça, minha filha. Agradeça!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 05 de setembro de 2014.

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