Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 24 de março de 2016

Stalkear ex: a melhor forma de sentir vergonha alheia e de si mesmo!

Stalkear ex: a melhor forma de sentir vergonha alheia e de si mesmo!

Antigamente o povo brincava que ver foto de ex depois de um tempo causava sentimento de vergonha, tipo: "Como eu pude pegar isso?". Agora em tempos de Facebook, Twitter, Instagram, povo polemizando, exercendo seu direito democrático a liberdade de expressão (na qual falar merda está incluso), a gente tem outras e mais torturantes formas de ter vergonha das escolhas pretéritas.
Como? Ora, visitando o perfil dos de cujus nas redes sociais! É cada paulada no rim, cada voadora no peito, cada ameaça de infarto, dor de barriga, cólica intestinal, que haja saúde! Enfim, cada postagem vexamosa, cada demonstração de imbecilidade, machismo, ignorância politica, reflexão, enfim, indícios plenos de ausência de leitura e questionamento (ignorância!), além da ausência de civilidade que dá vontade de viajar no tempo e apagar o período da paixão acéfala da vida da gente!
Caraca, pior que se a vergonha fosse só "alheia" era bom! A gente sente é vergonha de si mesmo, algo como: "Será que eu tinha cérebro nessa época?"... "Será que eu era surda?"... "Será que eu era cega?"... Porque só por Cristo! Nem sexo bom justificaria algumas escolhas! (Pior que raramente isso havia! Bom, bom, bom? Jamé!). Crendeuspai! A solução pra tanta vergonha é culpar a nossa inocência e jovialidade do tempo da escolha ridícula!
Eu tive um ex-namorado meio stalker há um tempo, menos remoto, atrás, ele instalou um programa no meu computador e acompanhava tudo o que eu fazia e via na internet. Tipo psicótico de carteirinha mesmo! Bem, certo dia o maluco teve uma crise passivo-agressiva de ciúmes, porque viu que olhei o perfil do meu ex campeão no quesito “como eu pude?!”. Tão esquizoide quanto o, então atual, mas menos ardiloso.
Nossa, foi o “barraco”! Até explicar que o que me fazia expiar e pura e exclusivamente curiosidade maldosa para ver o quão ridícula era a forma do de cujus bisbilhotado viver, foi muito “mimimi” histriônico. Mas passou, sei lá se o sujeito se convenceu ou não, afinal eu era um ser humano realmente estranho e fazia coisas esquisitas quando estava desocupada. (Confesso!).
Mas, nunca na vida tal fato seria por apego! Era na verdade, uma curiosidade pra ver o que existia de admirável naquele ser que justificou a manutenção e a concordância, da minha parte, numa relação doentia por tanto tempo. E as respostas sempre serão as mesmas: imaturidade e burrice, da minha parte, claro. Ele, pelo visto continua tão ou mais imaturo e tosco do que sempre foi. E, o que é pior, com um péssimo gosto estético pra mulher! Cruzes! Tem gente que só piora!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 24 de fevereiro de 2016.

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