Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Priorize



Priorize




Controle sua ansiedade, aprenda que preocupação não resolve problemas, viva com prazer e atenção cada momento de sua vida, não desperdice energia com quem lhe provoca e nada de bom lhe faz ou lhe traz. Seja objetivo: você não tem a eternidade para viver e um dos segredos de Deus para testar o seu talento para “bem viver” é o fato da morte, apesar de ser a única certeza para todos os viventes, não ter hora marcada nem momento presumível. Ela é o grande mistério da vida.
Não deixe para amanha o que você pode fazer, falar, criar, mudar, hoje, no presente, no único momento certo de sua vida. Priorize, é claro, o que é mais importante para você e, com base nisso, foque suas energias agora, fazendo o seu melhor sem ficar ansioso com o que virá amanha.
Ter fé é confiar que, agindo corretamente, você conseguirá o que quer, ter fé em si mesmo é, basicamente o mesmo: ciente de seu labor e esforço, você sabe que vai conseguir o que quer. Quando consegue você vê que toda agonia foi em vão e soou quase como uma blasfêmia à sua essência e ao Criador, afinal, se você tem fé, porque duvidar tanto e judiar de seu organismo e mente? Creia mais, se agite menos.
Acredite que, para tudo, há um momento certo e que, toda atitude desesperada é sinal de desesperança. Ore, exercite a paciência, a calma, a serenidade, aprenda, aos poucos, a silenciar sua mente, a ficar em silêncio pensando no nada para, e ao abrir os olhos dizer para você mesmo: “Eu sei que tudo vai dar certo.” E eu, humildemente, garanto: dará!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 01 de novembro de 2011.

E é bonita, e é bonita!

E é bonita, e é bonita!





E eu que pensei em fugir? E eu que pensei, em, mais uma vez, deixar para trás o passado que me judiou e maltratou para ir a busca de um novo começo, porém longe de tudo que me fizesse recordar da desgraça de outrora? E eu que encontrei a felicidade, o rejubilo, a boa nova e a alegria, sem sumir, sem sair do Estado, sem sair de perto da minha família? Pois é, a vida ensina e a gente opta por aprender ou não.
Não adianta você fugir de pessoas que lhe emanam energias negativas se você, de uma forma ou outra, ainda as têm por perto na alma, no medo ou no coração, não adianta, sequer sair do planeta, se você não der um “basta” nos inconvenientes de sua vida. O tempo não é remédio para nada, a menos que você “tome” as suas lições e aja! Ficar parado divagando não muda em nada a sua vida.
O mundo esta cheio de pessoas falantes, não seja você mais um homem em cujas palavras não se pode crer, mais uma pessoa que joga palavras ao vento. Se você sofreu, a dor é sua, não espere demais dos outros, eles podem apiedarem-se, mas nem sempre compreenderão suas atitudes, logo, coloque em prática o que você aprendeu e não tenha tanta fé nas boas atitudes humanas porque, às vezes, a nossa existência parece uma guerra cujo lema é: um por um, cada um por si.
Eu sei que é piegas, sei que não poucas pessoas são agnósticas, o que até admiro, antes descrente do que muito crente, todavia eu ainda tenho fé e faço ode a ela. Acredite que a vida pode mudar, mesmo quando tudo parece ruim, quando tudo parece sem cor e sem brilho, quando seu ânimo é fraco e frágil, creia que você merece uma vida melhor, assim, no dia que você resolver agir, fé e atitudes se somarão, e lhe trarão como resultado o êxito, a conquista, a realização. É a vida meu irmão, e é bonita, e é bonita!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 31 de outubro de 2011.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Relacionamentos narcisistas



Relacionamentos narcisistas



Não seja tolo, ter auto-estima é positivo, ser narcisista não. Obviamente o transtorno de personalidade narcisista é um problema psiquiátrico, me refiro aqui, a existência de uma “dose” menor das características de Narciso na personalidade do individuo.
Pois bem, não pense que você será insubstituível na vida de alguém, nem mesmo pense que você será inesquecível, até mesmo porque ambos os pensamentos levam à idéia da crença num “afastamento” futuro, então, além de narcisista, não seja pessimista. Não espere que as pessoas sintam saudades suas para provar-lhes como você é virtuoso e “bom”, pode ser que elas nem sintam a sua falta. Seja bom e agradável, com sinceridade, no presente, sem devanear sobre o futuro e a sua “importância” na vida alheia.
Viva com os pés no chão, acarinhe, ame, valorize, admire quem lhe faz bem, quem retribui o que ganha, não seja um “bom amante unilateral”, porque, cedo ou tarde, este tipo de relação finda e você irá amargar belos arrependimentos.
Encontre uma pessoa que se afine com você, que seja parecida em todos os aspectos, que goste de conversar, que lhe admire, e cuide do relacionamento que irá nascer, cuide sem ser demasiado autoconfiante, zele sem crer que, porque o “amor é lindo” ele será eterno. Nada dura para sempre se você vive com tal crença e não zela, não cuida, não alimenta, não nutre, não inova, não ousa, não renova.
Logo, só pensar positivo não adianta, é preciso amar e cuidar todos os dias do relacionamento, zelar, acarinhar, cultivar o afeto, a cumplicidade, a atração, do contrário você cria um ciclo de relacionamentos narcisistas em sua vida, os quais você entabula com talento, acha “sensacional”, mas não faz mais nada para que ele se mantenha, porque você tem "aquele" excesso desnecessário de confiança em si mesmo e no fato de que você é “especial” e sua relação também. Insegurança é um defeito irritante, mas hiper segurança é sinal de arrogância, ignorância, a plena tolice.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 28 de outubro de 2011.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O estar e o ser

O estar e o ser

Se existe uma característica que define uma boa forma de viver ela se chama intensidade. A vida é como um mar. Um belo mar de surpresas, nem sempre belas, mas que sempre deixam boas lições, um mar onde só é passível de conhecer suas maiores riquezas aquele que não tem medo de ir ao fundo, de enfrentar alguns riscos.
Como num mar, nada na vida é permanente. As ondas levam para longe o que outrora lhe fazia parte, e, da mesma forma, trazem coisas novas, assim a vida e o mar fluem numa bela cadência, às vezes forte, brusca, às vezes calma, vagarosa, mas sempre com seus encantos. No mar da vida é feliz aquele que goza intensamente seus sentimentos e momentos.
Aprecia sua beleza o individuo que ama intensamente, que curte os bons momentos com intensidade, mas que também goza intensamente da dor, do sofrimento, porque muitas das mudanças que nos fazem crescer e nos tornam mais fortes e, quiçá, mais sábios, costumam nos causar um aperto no peito e fazer brotar lágrimas em nossa face. Muitas mudanças requerem nosso sofrimento por mais que sejam benéficas.
A gente se acostuma com os sonhos e ideais antigos e se sente desamparado diante do novo. É a vida. Alguns sonhos acabam, algumas expectativas e anseios restam frustrados, mas sempre fica a experiência, o aprendizado. Basta que criemos novos sonhos, busquemos novas metas e não percamos a esperança. A vida não acaba com nossos sonhos, nós é que nos acovardamos e desistimos de inovar, de buscar novas belezas no mar de nossa existência. É sábio o marinheiro que não cansa de navegar, ainda que para isso precise inventar canções, sozinho, em alto mar, ainda que faça poemas para as estrelas.
Ser feliz, ser triste e ser alegre são coisas diferentes. A felicidade é um estado de rejúbilo com as pequenas coisas, no dia a dia, no quotidiano. A alegria é um sentimento forte que nem sempre é constante, ela diminui quando os espinhos da inveja, do orgulho, da ganância, da mentira nos espetam, ela se abala diante da falsidade, da ignorância e da maldade que existem em nosso caminho como provações à nosso equilíbrio, esperança e fé na vida.
A tristeza, por mais que alguns achem absurdo, coincide com a felicidade. Só não fica triste nunca quem não é feliz, somente quem não possui sensibilidade para sorrir, para amar, não possui, também, para chorar, para se frustrar, para recordar do passado e se emocionar com as doces lembranças do que já passou e se eternizou na memória.
É preciso, pois, ficar triste quando o coração pede, nos momentos em que ele se sente angustiado, magoado, ferido. A tristeza, ao contrário do que diria o poeta em sua melancolia boêmia, tem fim, a felicidade é que não deve ter, no entanto, somos criados numa sociedade que incita ao descontentamento, que nos incita a ver o lado ruim da vida para que gastemos mais, comamos mais, para que os jovens se tornem adultos embriagados ou entorpecidos por outras drogas. O infeliz sente-se vazio e se torna mais consumista do que deveria ser.
Não é a vida como é, e sim as coisas como estão. Contrario Renato Russo que disse que "as coisas como são". Nem tudo "é", quase tudo "esta". A vida não é ruim, nossa condição financeira não é péssima, nossa vida afetiva não é vazia, nós não somos sozinhos, não somos carentes, não somos infelizes. Nós podemos estar numa má fase, sem amor, sem muito dinheiro, um pouco carentes e decepcionados com o ser humano. Mas não somos decepcionados ou frustrados (estamos, apenas), um dia nos surpreenderemos com a bondade que resta a algumas pessoas.
O que é não muda jamais, o que esta, por sua vez, é passível de mudança. E a vida é mudança, ela sempre esta, nunca "é", apenas o que "é" - o que não muda - é a morte. Só "é" aquele que esta morto. Que é morto. Por isso podemos estar tristes agora, chorando e lastimando, e estar rejubilados depois. É preciso sofrer para assimilar a dor e a frustração, refletir e, depois, voltar a sorrir, voltar a sentir a felicidade que, apenas os marinheiros possuem e a tranqüilidade anímica que sentem.

Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 15 de janeiro de 2007.

Nada acontece por acaso.



Nada acontece por acaso

Existem coisas que não são explicáveis, mas são sentidas. A gente nem sempre deve usar a razão para ser feliz, nem sempre devemos buscar nos "porquês" os cernes para nossos sentimentos e atos, pena de nossa vida se tornar uma espécie de novela - onde quem assiste um capítulo prevê todos os demais. Tem coisas que não se explicam, e sentimentos que só devem ser experimentados, gozados, sentidos. A confiança em alguém a ponto de a ela entregarmos nosso coração é uma delas.
Nada acontece por acaso. Nada, absolutamente nada. Ninguém se cruza na rua, se olha e interage por acaso. Ninguém nos dá certos conselhos ou nos fala algo que nos faz pensar por acaso. Deus, realmente, nos fala pela boca alheia, devemos estar sempre atentos aos bons conselhos e idéias alheias, em especial quando nutrimos respeito por quem nos fala.
Ora, mas como ter certeza que a idéia ou conselho é bom? Conselhos bons são aqueles que implicam em nos fazer sentir bem, felizes, contentes, sem passar por cima da liberdade e dos sentimentos de ninguém, são aqueles que farão bem para nossa alma e para a de quem nos cerca e ama. Nosso inconsciente sabe distinguir a boa da má sugestão e devemos seguir sempre a primeira se quisermos ter uma vida harmoniosa.
Amizades, romances, parcerias, sociedades, nada se estabelece por acaso nesse mundo. Alguém sempre nos ensina algo, se não diretamente, indiretamente através das experiências que sua existência cria em nossa vida. E todos nós somos passiveis de aprendizado, bem como somos capazes de ensinar algo, é por isso que interagir é um estupendo milagre.
Conviver e interagir são dádivas divinas. Não é por acaso que encontramos alguém e que o inserimos em nossa vida por muito ou por pouco tempo, mas pelo tempo necessário para ajudar e ser ajudado, para admirar e ser admirado, para gostar e ser gostado, para amar e ser amado. Isso vale para qualquer tipo de relacionamento humano. Ninguém; sequer se senta ao seu redor de numa mesa para dialogar por acaso.
Melhor ainda - e este é o sonho de qualquer individuo normal- é encontrar alguém que permaneça, que fique em nosso coração ocupando aquele lugarzinho todo especial que destinamos a quem vamos chamar de "meu amor". E o amor, também, não acontece por acaso. A gente pode achar que escolhe, a gente pode achar que domina, que possui a gestão completa do rumo de nossas relações, mas, bem ou mal, existe um momento- que não por acaso acontece- em que um sentimento forte nos invade e afasta nosso arbítrio de fuga, de medo. Ai, ou nos entregamos ou passaremos a vida arrependendo-se.
Ninguém é filho de ninguém por acaso, amigo de alguém por acaso, ninguém tem pais queridos ou problemáticos por acaso, ninguém casa, namora, ou convive com alguém por acaso. Nenhum laço, quer seja a nós agradável, quer não, se estabelece por acaso. Se prestarmos atenção nessa realidade, certamente, passaremos a construir uma vida mais florida, mais alegre, mais intensa, todavia, como nada é por acaso, também assim não é o momento em que descobrimos que o acaso não existe.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 03 de janeiro de 2007.

Há limites




Há limites

Há limites. Há limites para tudo nessa vida, em especial para nossos atos, para nossos gestos e expressões que são capazes de afetar o outro. Dizem que nossa liberdade finda quando começa a alheia, nossa possibilidade de expressão, pois, possui como limite os sentimentos alheios.
O limite basilar de tudo na vida, porém, deveria ser apenas um: Não se deve fazer para o outro o que não desejamos que ele nos faça. Não devemos falar o que não gostaríamos de ouvir, tampouco agir de forma que, se fossemos nós os “receptores” da ação ou palavras, ficássemos magoados, tristes, ou, simplesmente, descontentes.
O limite básico, portanto, para nossas ações é o sentir alheio. Há limites. Há limites para nossas ações quando elas podem afetar os outros a ponto de magoá-los. E a descoberta desses limites não requer “algo” em especial, basta à análise do que somos capazes de aceitar, de agüentar para que prevejamos a mesma capacidade do outro.
Viver bem, ser feliz e não ferir quem amamos e nos cerca não requer nenhum mistério, nenhum dom misterioso, basta que tenhamos em nossa mente que não devemos fazer para o outro o que não gostaríamos que ele nos fizesse. Basta que usemos um pouco de nossa sensibilidade e muito de nossa racionalidade.

Cláudia de Marchi
Marau, 20 de janeiro de 2007.

Desclassificáveis



Desclassificáveis

Classe é uma questão de atitude. Sempre digo que uma mulher significa o valor que ela se dá. Pode estar trabalhando apenas entre homens, num circulo de amigos: ela é o respeito que impõe, da mesma forma, logicamente, os homens.
Aprendi que não importa a cultura que uma pessoa possua, o salto alto que usa, o perfume francês que juntamente com jóias que lhe adornam o corpo e a faz ganhar presença- não existe classe quando ausente a auto estima, o auto-respeito.
Nada mais feio do que mulheres ciumentas, aquelas que têm ciúmes desde a faxineira até das colegas de trabalho do parceiro. Que falta de classe bisbilhotar a vida do namorado, ficar procurando indícios de traição, indagar aos outros sobre os atos do pobre coitado do amado.
Sim, “pobre coitado”, porque homem nenhum merece uma mulher que queira lhe dominar, mandar em sua casa, em sua empresa, determinar com quem ele deve conviver, à quem deve pagar contas e quais são as mulheres “dignas” e “indignas” que lhe cercam.
O mesmo vale para os homens ciumentos, que querem cercear a liberdade da parceira até de sair jantar com as amigas, que desejam saber se os homens com os quais convive são belos, altos, baixos, gordos ou magros. Enfim, poucas atitudes são menos elegantes do que aquelas dos que não confiam em si mesmos.
O ciúme em demasia pode indiciar duas coisas: ou um mecanismo de defesa do ego- a projeção- quando uma pessoa que “apronta” ou já “aprontou” para outras pessoas fica colocando em dúvida a moral do parceiro porque teme que ele faça o mesmo, (eis ai a pertinência da frase: “Os bons presumem sempre o bem dos outros, os maus, pelo contrário, sempre o mau: uns e outros dão o que têm”.)
O excesso de ciúmes também indica o óbvio: insegurança, falta de autoconfiança e amor próprio deficitário. Mas, tanto o ciumento por “projeção” (mecanismo de defesa), quanto o ciumento por tais carências são capazes de atitudes demasiado tolas. Literalmente, desclassificáveis.

Cláudia de Marchi
Concórdia, 15 de março de 2007.

Beleza e encantos



Beleza e encantos

Beleza, eis um assunto que pode se tornar feio. Eis um anseio que pode tornar uma criatura linda fisicamente, mas extremamente desprovida de atrativos psíquicos. A beleza física pode ser algo letal para a beleza da alma daqueles que a supervalorizam.
A beleza é muito, mas não é tudo. Não é tudo para uma pessoa ser considerada especial, não é tudo para amarmos alguém, não é tudo para obtermos sucesso e prestigio, não é nada, enfim, se comparado com as virtudes que os olhos alheios não captam ao nos olhar.
Um bumbum durinho a gente conquista malhando, um cabelo bonito a gente consegue cuidando, cremes existem para todas as necessidades, e, na pior das hipóteses, existem “lipos”, plásticas e afins para corrigir todos os nossos “defeitinhos” físicos.
Todavia, não existem correções instantâneas para nossos defeitos, para nossas fraquezas psíquicas e espirituais. Da mesma forma, não existem lojas de virtudes nem intervenções cirúrgicas que nos façam evoluir, que nos tornem seres melhores. O crescimento pessoal requer batalha, requer vivência, coragem e vontade.
E é por isso que a beleza pouco significa quando pensamos em amor, em carinho, em admiração. Nós amamos uma pessoa porque admiramos suas virtudes e não porque seu olhar é marcante e seu glúteo é duro. Na verdade, o amor é algo pouco passível de explicação que envolva o aspecto físico e material do ser amado. Começa com a “química” entre dois seres - e esta, sabe-se independe da “beleza” para ocorrer.
Com o passar dos anos, nos lembramos apenas das virtudes de quem passou em nossa vida, a lembrança da beleza, assim como ela própria, sucumbe com o decurso do tempo. É a humildade, o bom humor, a garra, a inteligência, a simpatia, a espontaneidade e a auto-estima alheia, por exemplo, que nos fazem admirar alguém e dele guardar doces lembranças.
E o amor? O amor é capaz de fazer um homem achar linda a mais “insossa” das damas. A beleza, sempre, esta nos olhos de quem vê, e, logicamente, é uma questão particular. Cada pessoa tem seu gosto, e, mais ainda, suas prioridades.
É por isso que pessoas consideradas para alguém como “feias” podem ser consideradas “lindas” para outras. Depende do sentimento, e das virtudes por trás da face e do corpo, afinal, apenas estas podem tornar uma pessoa, realmente, encantadora.
Cláudia de Marchi
Balneário Camboriú, 21 de fevereiro de 2007.

Conviver é transigir



Conviver é transigir

Estava me lembrando de um ótimo livro da Lya Luft chamado "Pensar é transgredir". Pensando na vida e nos relacionamentos humanos pensei numa frase que, coincidentemente, rima com aquele título: conviver é transigir. As pessoas intransigentes podem chegar a obter algum êxito na vida, mas, dificilmente serão bem quistas e terão relacionamentos harmônicos.
Ninguém gosta do "mané" que briga com todo mundo que não concorda com ele, que não consegue ouvir uma história sem dizer em alto e bom tom: "Eu discordo, não é bem assim..." passando a expor suas idéias pseudocorretas sem pestanejar não deixando o outro dizer o que pensa, ou, caso o ouça acaba usando uma forma grosseira de expressão para "ganhar" a razão.
Razão. Este é o objetivo do intransigente, daquele que não consegue se colocar no lugar do outro, tampouco admitir que pode errar, que não é a pessoa mais justa e correta do planeta portadora das "crenças ideais" . Ele sempre acha que tem razão, jamais cede, jamais releva. Ou melhor, ele "cede" controlando (um pouco) seu gênio agitado e pueril quando o "interlocutor" desiste de argumentar. Ele ganha sua "luta" imaginária pela razão estafando quem com ele dialoga.
O sucesso de todas as relações interpessoais esta na transigência, na capacidade de compreender o outro, de aceitar a idéia alheia sem presunção. A base da democracia esta no fato do homem poder transigir, tolerar. Obviamente a intolerância permeia o mundo, motivo pelo qual vivemos, desde sempre, com a impressão de que "alguma coisa esta fora da ordem".
Pessoas de crenças diferentes não se toleram, indivíduos com gostos e preferências diversas brigam, casamentos terminam, domingos em jogo de futebol se tornaram uma aventura diante das brigas estúpidas entre torcidas. A existência da diferença em todos os aspectos da vida humana é uma das grandes certezas, mas a efetivação da transigência como algo capaz de fazer a humanidade viver em harmonia é um sonho cuja realização não tem data marcada.
Pois bem, conviver é transigir. Ora, mas as pessoas não "convivem" diariamente?Não, as pessoas vivem perto umas das outras, no trabalho, na família, na cama com seus parceiros, numa junção com os amigos. Poucos convivem realmente porque poucos são capazes de discordar sem ser estúpidos, de opinar sem brigar, de ouvir sem magoar ao outro ou a seu próprio orgulho. Quem lhes faz conviver, sabe interagir de forma civilizada e harmônica.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 02 de junho de 2006.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A honra na vileza



A honra na vileza

Não pretendo fazer apologia aos sentimentos vis, não pretendo elevar os defeitos e fraquezas humanas à categoria de "maravilhas". No entanto não deixo de perceber que, cada vez mais, as pessoas agem de forma a parecer venturosas aos olhos alheios. As pessoas desejam ser notadas, desejam ser julgadas como "espertas", ao mesmo tempo em que querem a "tarjeta" cor-de-rosa do "este ser é bom de coração".
Ainda que os instintos, que o caráter penda para uma atitude menos nobre aos olhos alheios, as pessoas agem conforme a "nobreza" que a sociedade exige. Perdem o valor de seu agir "valoroso" porque a ação adequada não proveio de sua essência.
Nenhum ser humano é sempre nobre, nem possui a alma livre de impurezas. Ninguém é excelente em tudo. As pessoas não confessam suas vilezas, mas elas sentem inveja, sentem ódio, têm desejo de serem superiores, de serem o centro do universo, têm ganância, orgulho e desejam que as circunstâncias lhes favoreçam, elas são vingativas, ainda que em pensamento. São humanas!
O ser humano é uma antinomia em si mesmo, posto que consegue justificar suas vilezas e falta de autocontrole, (enfim sua natureza errante), alegando que é "instintivo", e que "é humano perder o controle diante de estímulos físicos", sendo que, na maior parte das vezes pretende agir como um "príncipe no mundo", com condutas perfeitas e adequadas. Quando age de forma "adequada" e virtuosa os outros é que são reles e errados, ele é forte e especial.
Lembro-me de Pedro, aquele indivíduo que Jesus perdoou, mas a maioria dos seres humanos não, posto que lhe impingiram os piores julgamentos, como se nenhum de nós fosse agir como ele. Pedro negou Jesus Cristo. Reflito: Será que nenhum de nós, diante do medo da morte, diante da circunstância amedrontadora e incerta, seria fiel a ponto de morrer por causa de alguém?
Creio na "lei" do respeito ao próximo e na convicção pessoal do "viver deixando viver, sem fazer mal para ninguém", enfim, na "lei" do não fazer ao outro o que não se deseja para si, que é a maneira mais fácil de adequar a vida humana à divina e perfeita ordem: "Amai-vos uns aos outros.".
Enfim, talvez se Pedro imaginasse que, se tivesse afirmado Jesus teria se tornado "famoso" pela atitude nobre, tivesse escolhido esta opção. Mas, onde estaria a nobreza de tal ação se Pedro agisse apenas para "ganhar a fama" de "bom"? Não haveria nobreza, e, como em todas as relações humanas imperaria a hipocrisia que faz da caridade algo grotesco.
Dar afeto, fazer filantropia, e ser caridoso são gestos nobres se feitos com a alma, e não com a mão estendida e o sorriso nos lábios mascarando o pensamento: "Vejam, como sou bondoso!".
Pedro quis viver, ele sofreu com o pesar de sua consciência, mas o amor se manteve no coração daquele que, em determinado momento, como humano e errante que era, agiu pensando em se salvar, afinal não era a ele que queriam, era ao Profeta, que no coração trazia o perdão, que a humanidade desconhece, porque, no recôndito de suas almas todos se julgam como se fossem "senhores" da verdade e donos da pureza.
Se os seres humanos fossem menos hipócritas, se assumissem suas fraquezas, afirmassem-se como errantes compreenderiam melhor a conduta alheia, e o amor imperaria de verdade entre as pessoas.
A incompreensão é a maior falta de compaixão que o ser humano manifesta. Não compreendendo o agir alheio o ser demonstra seu orgulho. Colocar o dedo na chaga alheia é fácil, difícil é limpar a sua própria ferida.
Reconhecendo suas fraquezas, e que é capaz de agir de forma baixa, e de demonstrar condutas torpes o ser humano cresce espiritualmente, porque, apenas com a humildade para constatar seus erros é que poderá, após cogitá-los, seguir o caminho da evolução, aprendendo a conter-se. Enquanto passa sua vida julgando os outros, fingindo-se ser um "semideus" o homem estará aparentando grandeza, e confirmando a pequenez de sua alma.
Cláudia de Marchi
Passo fundo, 20 de abril de 2004.

Das garrafas descartáveis às relações humanas



Das garrafas descartáveis às relações humanas

Estava me recordando das garrafinhas de vidro de refrigerante que eu segurava com todo cuidado quando criança para não quebrar porque elas tinham valor pecuniário. Não era só o liquido gostoso que a gente usufruía, nós precisávamos cuidar do material sólido e caro: a embalagem. Com o passar do tempo inventaram as embalagens de plástico - basta tomar e arremessar no primeiro lixo que encontramos. Não corremos o risco de quebrá-las, e nem precisamos guardá-las. Assim como os vidros dos refrigerantes foram substituídos por embalagens descartáveis, os relacionamentos duradouros e com uma seqüência lógica e saudável foram substituídos por relações fulminantes, desorganizadas e frágeis.
As pessoas tornaram-se descartáveis. A falta de auto-estima e a carência transformaram os relacionamentos humanos que, certa vez eram sólidos como o vidro em algo leve e insignificante como o plástico. Nós aproveitamos o melhor de uma relação e depois terminamos, pois no fundo não temos paciência para vivermos os bons e maus momentos com alguém, assim quando começamos a conhecer melhor outro e seus defeitos findamos a relação, que, inclusive, pode ser considerada "evoluída" se chegar a tal ponto afinal, na maioria das vezes são tão baratas que começam e terminam em camas desconhecidas numa única noite, como a garrafinha de refrigerante jogada ao lixo após bebermos.
Se em relação às embalagens de refrigerante a invenção das de plástico demonstrou "evolução", o aumento de relações frívolas demonstra uma regressão do ser humano que se julga “racional”, mas parece incapaz de refletir. Afinal, se o ser humano cria relações descartáveis, desde relacionamentos sexuais fugazes até casamentos relâmpagos torna-se, de igual forma, descartável, e, admita ou não, o que é descartável não merece ser valorizado.
As amizades não são mais reais, nós não possuímos amigos verdadeiros, posto que nem mesmo nós somos amigos de nós mesmos, vez que, para que exista amizade e amor é preciso auto-estima e a nossa anda muito "em baixa". Enfim, existem "pseudo-amizades": mantemos um círculo de pessoas que desejam apenas divertirem-se em nossa companhia, e quando temos problemas despistam, pois não desejam "nem saber". Fecham-se para nossos problemas e fecham os deles para nós. Não querem comprometer-se, mas apenas ficar na superficialidade de conversas inúteis e reuniões e jantares fartos de comida e pobres de sinceridade e envolvimento. São amizades "descartáveis" e, diante de companhias mais "agradáveis" (fúteis?), um dispensa o outro e termina a "diversão".
Para que uma relação não se torne substituível, enfim, descartável, é preciso que nos valorizemos a ponto de não desejarmos despender nossas boas energias com algo que constatamos ser vão. É preciso que, nos estimando, passemos a respeitar o que é valoroso e não fútil, o que pode ser duradouro e sério e não perene e vazio. Porém, graças ao nosso pouco amor próprio nos imergimos em um jogo de futilidades, aumentando a quantidade de relacionamentos que entabulamos, sem notarmos que somos tão vazios como eles. Não temos coragem para nos auto conhecer e para nos deixarmos conhecer de forma que, aceitando-nos, passaremos a aceitar o outro se algum (bom) sentimento ele nos despertar.
Infelizmente agimos como se tivéssemos pressa de viver e nos esquecemos do brocardo: "A pressa é a inimiga da perfeição". Tornamos-nos descartáveis, porque frágeis e com pouco valor como o plástico das embalagens de refrigerante. Queremos o sabor doce, mas não a responsabilidade de zelar pela relação que adoça nossa vida, logo a culpa pelos resultados infelizes advindos disso é toda nossa.
Cláudia de Marchi

Passo fundo, 13 de junho de 2005.

Não tem preço!

Não tem preço!


Todo inicio é empolgante, mas nem sempre deixa de ser frustrante e requer persistência e paciência, todavia, alguns “começos” são perfeitos, são extraordinários, assim é o inicio de um relacionamento maduro, que se dá entre pessoas afins que sentem, de início, um sentimento arrebatador, sincero e belíssimo.
É bom começar a cursar uma nova faculdade, estudar um novo idioma, fazer uma nova pós-graduação, iniciar um novo negócio, uma nova amizade, assim como, é bom reunir-se com velhos amigos, com os velhos livros e hábitos, mas nada se compara aquele beijo saudoso após poucas (ou muitas) horas de saudade, nada se compara aquele abraço, ao desejo, ao carinho, as risadas, sorrisos e gargalhadas na companhia de quem cativa nosso coração e mente.
Nada se compara a uma relação que nasce entre pessoas pacíficas, que se sentem à vontade na presença uma da outra para dizerem o que querem, para realizarem seus desejos, para realizarem-se, psíquica e sexualmente. Pessoas alegres, humoradas e com afinidades fortes, cuja admiração mútua pulula, cujo carinho, desejo e alegria, concretizadas na sua união, emanam felicidade e paz.
Nem as melhores comédias românticas, nem os mais verossímeis romances demonstram a pureza, a beleza e a perfeita interação entre duas pessoas que, de repente, passam a se adorar, a se admirar e que se completam, se fortificam e se realizam quando estão juntas. Dentre tantas “coisas” na vida que não podem ser avaliadas pecuniariamente, se envolver com alguém especial e amá-lo, é uma “daquelas” que, literalmente, não tem preço!
Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 26 de outubro de 2011.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Ridículos

Ridículos





O que será que falta (ou sobra) na mente das pessoas que não tem a mínima noção do que pode ser “pensado” e do que pode ser “falado”? Por que algumas pessoas não têm noção que pensam de forma vã, fútil e vazia valorizando apenas a casca e não o conteúdo próprio e alheio? Estas pessoas são ridículas mentalmente!
Sabe aquele tipo de gente que só sabe se vangloriar ainda que seja menosprezando os outros? Aquele tipo que só sabe avaliar carros, imóveis, terrenos e salários, mas não sabe mensurar o valor de um bom coração? Sabe aquele tipo de pessoa que acha que a beleza e tudo o que atrai aos outros pode ser cirurgicamente aprimorado ou comprado? Um tipo ridículo de ser humano que não sabe o que é bom caráter, virtude, carinho e beleza interior e que superestima qualquer tipo de boa aparência em detrimento da existência de conteúdo?
Pois é, este tipo de gente é ridícula, pensa de forma tosca e vã, fala imbecilidades, escreve tolices homéricas, age de maneira estúpida, de forma que, com as suas ações, elas conseguem, unicamente, gerar em você uma forte gratidão divina por não ser cego, surdo ou mudo, embora falar com tais pessoas seja inútil. Elas não mudam, não por dentro, não no âmago do seu ser, onde elas são podres, pérfidas e inúteis.
É o mega hair, a lipoaspiração, o silicone, a academia, a dieta, o botox, o preenchimento labial, a plástica no nariz, no rosto, são as roupas caríssimas, o carro de alto valor, o apartamento enorme herdado, a herança milionária, enfim, aparências e mais aparências: conteúdo, bondade, inteligência e essência em grau zero. É isso aí que eu chamo de “coisa triste”!
Esses indivíduos podem ter o dinheiro necessário para todas as mudanças e “melhorias” físicas que possam desejar, elas podem ser idiotas o suficiente para dizer que com “esta ou aquela plástica” ficarão “perfeitas”, mas nunca serão e sempre passaram longe de ser, decentes, bondosas, honestas, pacíficas, inteligentes, legais e, menos ainda, “perfeitas” na forma de ser, agir, pensar e viver. Valha-me Deus! Tem muita sardinha enlatada se achando salmão fresco neste mundo: cuidado com a indigestão em caso de engano!
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 25 de outubro de 2011.

Inadiável

Inadiável





Adie o que você quiser, só não deixe para ser feliz amanhã. Adie a depilação, o jantar com a amiga que nunca lhe diz “sim”, os novos estudos, deixe para usar aquela bolsa caríssima no inverno, mas não deixe seus planos de felicidade e bem viver para nenhuma outra estação, para nenhum momento que não seja o presente.
Viva hoje a felicidade que você quis viver ontem, mas não conseguiu. Abra as janelas que não lhe deixaram abrir no passado de manhã cedo, aspire o ar fresco do amanhecer, veja o nascer do sol, faça amor, passe o dia sorrindo, retribua sorriso aos maus humorados e doe sorriso aos infelizes. Você pode fazer hora extra num outro dia, você pode guardar o dinheiro para o seu Mestrado ou Doutorado e realizá-los noutro momento, adie o que pode parecer inadiável, mas não é.
Inadiável é viver seu grande amor, inadiável é dormir com quem lhe faz bem, inadiável é poder abrir os olhos e ver que você esta ao lado de quem lhe ama, de quem você ama, inadiável é se aconchegar em seu ombro com a certeza de que ali está um local no mundo que Deus fez só para você. Inadiável é começar hoje a sua “lua de mel eterna”, típica dos enamorados! Sim, ela existe, lamento se você ainda não teve o prazer de conhecê-la, mas não duvide apenas porque você não teve tal sorte.
Saber viver é se conhecer e, principalmente, descobrir o que realmente tem valor para você, o que realmente lhe faz bem, lhe tira o pesar da alma e do corpo, alegra seu espírito, relaxa seus músculos, sua mente, alenta suas dores, lhe anima, lhe entusiasma, enfim, o que realmente lhe faz feliz e, por isso é inadiável.
Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 25 de outubro de 2011.

Egoísmo perigoso




Egoísmo perigoso




Aconteça o que acontecer com sua alma e coração, sofra você o que sofrer, custe a você o que custar superar sozinho e a custa de muita dor o que for quase insuperável, para algumas pessoas nada do que você fizer que indique sua nobreza de caráter, força de vontade, bondade e afetuosidade significarão alguma coisa. Elas nunca irão se importar.
Algumas pessoas são tão egoístas que se tornam cegas para a bondade alheia, afinal enfermas de egoísmo, elas não “podem” admirar, bem querer ou reconhecer a nobreza alheia, não podem dispersar-se de seu foco: a sua bondade, a sua grandiosidade, as injustiças que sofrem, a tristeza que sentem.
Por mais que você se dedique, se esforce, por mais que você faça tudo para colaborar com elas, para facilitar suas vidas, para ajudar-lhes a resolver seus “problemas”, você nunca será valorizado. Não da boca dos egoístas para dentro, não por seu coração.
As pessoas boas não agem desejando o reconhecimento alheio, mas apenas pessoas carentes e tolas suportam uma vida ao lado de uma pessoa que nunca irá reconhecer o seu valor, porque é ingrata, egoísta e orgulhosa, e, embora dependente e infeliz, vive na ilusão de que não precisa de ninguém, de que é auto-suficiente, de que é “forte”.
Se você conhecer uma pessoa assim e notar que ela não possui gratidão para com seus pais, para com Deus ou para com a vida, por exemplo, desista dela. Ela vai se colocar na posição de vitima, de injustiçado, de “mal tratado”, contradizendo sua realidade e tudo o que você vê ao seu redor. Quem não tem gratidão por quem lhe deu uma vida confortável e fez o melhor que podia, não tem gratidão e nem respeito por ninguém.
Não jogue pérola aos porcos, não se atreva a dar seu coração a prêmio para quem pode usá-lo como tapete e, ainda, reclamar que estava “sujo”. Pessoas egoístas são perigosas: elas podem enlouquecer você, elas podem fazer com que você assuma responsabilidades que não possui, elas podem fazer com que você se sinta culpado por coisas que você não tem e nunca teve culpa. O egoísmo e o orgulho não são doenças mentais, mas eles ferem, eles magoam, eles afetam profundamente o equilíbrio psíquico de quem convive com quem os possui. Em prol de seu coração, mente e alma: fuja de pessoas assim!
Cláudia de Marchi


Passo Fundo, 25 de outubro de 2011.

Ser adulto.

Ser adulto.




Ser adulto é ter que tomar decisões angustiantes, é ter que encarar a realidade e optar por determinado caminho ainda que, durante metade do trajeto, você tenha que secar suas lágrimas. Ser adulto é sopesar hipóteses e fazer escolhas, sabendo que, para cada uma delas, haverão renúncias.
Quando você é criança seu impasse é escolher entre a Fanta uva ou a Fanta laranja, entre a Pepsi ou a “Coca”, entre o sorvete de chocolate com calda de baunilha ou o de morango com calda de chocolate, as suas decisões são importantes para você, mas não são tão sérias, não implicam em mudanças significativas em sua vida, em seu coração e na existência e sentimentos alheios.
Ser adulto e maduro é saber pensar muito antes de escolher, é saber se colocar no lugar do outro sem deixar o seu (lugar) legado ao abandono, é medir as conseqüências de seus atos, palavras e omissões, e, assim, assumi-los com brio e com a mesma coragem que teve para tomá-los, falá-las ou quedar-se inerte.
Ser adulto é sentir dor sem se entregar ao sofrimento, é buscar o aprendizado por trás dos cacos de seu coração, é buscar reencontrar-se após uma “pane” afetiva e emocional, é reunir seus pedaços e, não apenas continuar a ser você mesmo, mas mudar para melhor, se tornar mais sábio, mais forte, mais calmo. Ser adulto é não ter medo de começar, mas, principalmente, é não se amedrontar por precisar recomeçar.
Ser adulto é ter responsabilidades sempre, mas nunca ter medo delas. Você pode ficar inseguro, ansioso, indeciso, nervoso, mas se a responsabilidade de trabalhar, batalhar, amar, assumir um amor, um filho ou uma nova fase em sua vida lhe afugentar é porque você é infantil e imaturo, enfim, é apenas um “bebezão”.
Cláudia de Marchi


Passo Fundo, 25 de outubro de 2011.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Aprendizado e atitudes



Aprendizado e atitudes



Você vive, sorri, se relaciona, se decepciona, chora, se frustra, aprende, reflete, sacode a poeira da tristeza, coloca um sorriso no rosto e segue adiante com sua vida. De tudo, uma coisa é certa, não basta que você creia que aprendeu com suas experiências e que se tornou um ser humano mais sábio e melhor, é preciso que, no momento em que a vida lhe “cutucar” para que “prove” se e o que aprendeu você tenha brio e coragem para fazê-lo, para agir de melhor forma.
Ou você aprende, chora, sorri, afirma o que crê ter “introjetado” como lição de vida, advinda das desventuras vividas e, no momento oportuno, coloca em prática seu aprendizado, ou então, de nada terá valido a dor, o sofrimento, a decepção e, com certeza, a segunda chance que a vida esta lhe oportunizando.
Cada pessoa com sua história, cada um com sua vida, experiências, dores, complexos, medos, vivência, frustrações, esperanças, objetivos, planos, sonhos, sofrimento, maturidade, visão de mundo e oportunidades. Nada disso adianta se permanecer no “mundo das idéias”, das palavras, das afirmações calorosas e convictas, sem a prova verificada nos seus novos atos e gestos.
Palavras ao vento muitos jogam. Palavras não significam nada, a sua atitude diante das novas experiências que a vida lhe traz após a dor, o sofrimento, a decepção e o aprendizado é o que conta. Sem atitudes diferentes, mais sábias, racionais e justas para você mesmo, pode ter certeza de que nada foi aprendido.
Você apenas “acha” que aprendeu, porque chorou e sofreu, mas é preciso muito mais do que isso para sua evolução e real crescimento moral, é preciso, pois, humildade de espírito e resignação, assim, quem sabe, você mude realmente a sua forma de pensar e, principalmente, de agir, de viver e de “pensar a vida”. Sua forma de ser, enfim.
Cláudia de Marchi



Passo Fundo, 21 de outubro de 2011.

Teimosia afetiva

Teimosia afetiva






Quando um relacionamento começa a ter maior intimidade e diálogo, o seu cérebro e a sua intuição “captam” se ele poderá dar certo ou não, o problema é que, nesta fase, as pessoas já estão envolvidas e encantadas, logo preferem ignorar a resposta quando ela não se coaduna com seu intento.
Relacionamentos não são difíceis, a teimosia humana que é. O seu cérebro e a sua intuição não andam dissociados, isso dificultaria demais a possibilidade de você fazer boas escolhas. Contudo, o homem “luta” pelo que deseja, pelo que lhe convém, ignorando a voz da razão, da intuição e qualquer voz interior (ou não) que não diga o que ele quer ouvir.
É na teimosia que se iniciam os relacionamentos conturbados, é graças a teimosia que você fica com aquela mulher que não tem nada haver com você emocional e moralmente, é graças a teimosia que você insiste em manter uma relação que tem mais pontos de “colisão” do que de “convergência”, é por teimosia que você fica com alguém diferente de você contando que você vai mudá-lo, regenerá-lo, salvá-lo ou qualquer pretensão (estúpida) semelhante.
Aprenda, ainda que com seu sofrimento, a compreender as “dicas” que seu cérebro lhe dá. Quando ele lhe faz ter sono é porque não é o momento de dirigir e nem de tomar decisões sérias, quando ele lhe “manda” a ausência de “plena confiança”, certos receios e vazio interior, ele quer que você fique atento, pense e descubra porque isso ocorre. Sua mente não quer lhe agradar, ela quer que você aprenda a tomar decisões que não venham a lhe desagradar profundamente amanhã, ela quer seu bem, é uma aliada, ao contrário do pouco amor próprio e auto confiança, pais da carência.
Você sabe qual será o futuro do seu envolvimento com as pessoas que lhe atraem, mas na maior parte das vezes sua carência fala mais alto e você teima, bate o pé e “luta” pelo que deseja, mesmo que seja inadequado. Não por menos muitas separações acontecem. O cúmulo desta teimosia tola é fazer um filho para salvar o que não tinha que ser sequer entabulado. Sim, algumas pessoas ainda pensam que filho é uma bóia que salva seus corações frustrados quando o relacionamento se afoga. Não é difícil compreender porque os adoráveis burrinhos são “lentos”: eles “teimam”, eles empacam.
Relações saudáveis fluem, a razão aponta o caminho, a intuição sorri e tudo vai acontecendo de forma saudável, romântica e natural. Não seja bobo de deixar todas as decisões a cargo do seu coração, se ele estivesse apto a fazer escolhas Deus não teria lhe dado algo chamado cérebro, que existe para ser usado como aliado das emoções, e não para ser contrariado por quem “curte” uma ilusão, que diga-se, pode vir a custar muito mais caro para o seu coração do que o realismo e as decisões bem pensadas que se deve ter no inicio de qualquer relacionamento e em todos os momentos da vida.
Cláudia de Marchi



Passo Fundo, 21 de outubro de 2011.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Perfeito para o senhor imperfeito.



Perfeito para o senhor imperfeito.



Você pode mudar seu visual, sua casa, seu escritório, sua carreira, sua alimentação, seu credo, seu corpo (malhação ou plástica nele!), seu gosto musical, gastronômico, cinematográfico, grupo de convívio, enfim, é fácil mudar muitas coisas em sua vida desde que você deseje, difícil é se desvencilhar dos defeitos que lhe “emperram” a alma e, quase impossível, é você mudar outra pessoa ao seu bel prazer.
Reconhecer seus problemas ou “ditos” defeitos é meio caminho para a mudança, deixar a cargo do tempo não vai adiantar nada. Você precisa se auto-analisar, compreender, olhar para os lados, aprender como pode e colocar em prática a sua “vontade de mudar”. Pode demorar, mas um dia você se torna a pessoa que quer ser.
Agora, difícil é a vida dos pretensos “salvadores” alheios, daquelas pessoas que acham que gostam da outra ou que lhe amam e querem que ela mude “neste” ou “naquele” aspecto. Querido, compreenda o seguinte: se a mulher quer que você mude é porque ela não lhe admira ou não aceita você como é, logo, não lhe ama!
Simples. Se você vai conseguir mudar o outro ou não, é um assunto, mas entrar numa relação ou manter uma, querendo isso é outro assunto, no qual você é o vilão e age de forma mais vil do que o sujeito que, por ter determinado “defeito”, a seu ver, precisa mudar, ou melhor, “ser mudado”.
O que é bom e o que é “para você” surge pronto, não precisa de ajustes, não precisa de mudanças, não é perfeito para o mundo, mas é “perfeito” para você que também é imperfeito. Agora, se você quer ter uma relação e bancar o educador, a mamãe ou o papai, deixo uma dica: não vale a pena, você vai se estressar para “deixar” a pessoa como você “quer”, tal qual um vestido cujo molde você retira de uma revista e leva para a melhor costureira, correndo o risco de, no final, ele não ficar bem em seu corpo, apertando ou sobrando onde não devia.
Ou, pode ser que até que o “sonhado vestido perfeito” fique pronto, do jeito “esperado”, você canse e, na hora da prova final, mesmo que ele sirva perfeitamente, você não ache a mínima graça, afinal passou por tantas vitrines e viu vestidos prontos que não requeriam tanta complicação para se adequar ao seu corpo e “cair bem” em você, que lhe bate “aquele” arrependimento e sensação de tempo perdido. Sacou? Para bom entendedor uma metáfora basta. Mas frise-se que, vestidos você guarda no armário ou coloca a venda, pessoas não; o tempo pelo trabalho da costureira você paga, o seu e o de outro individuo não tem preço.
Cláudia de Marchi



Passo Fundo, 19 de outubro de 2011.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Agressão moral



Agressão moral




Algumas formas de agressão não vitimam apenas mulheres, crianças ou idosos. De todas as formas de agressões, as mais tristes e difíceis de libertarem a alma traumatizada, são as verbais, as morais e as emocionais.
A agressão física magoa, humilha, mas o revide pode aliviar sua revolta, ademais todos enxergam seus ferimentos, todos querem lhe dar apoio, desde médicos até amigos, mas aquela agressão que deixa sua alma humilhada e aos prantos ninguém vê, logo, ninguém lhe entende.
Se você quiser um ombro para lhe confortar terá que sentir duas vezes o sabor amargo da humilhação, no momento em que ouviu as palavras que lhe feriram e, após, na hora de contar ao outro e reviver a experiência, sem poder “contar” com sua compreensão: as pessoas não entendem porque você permanece perto de quem lhe faz mal e terminam por culpar você de seu sofrimento. Logo, o melhor é agüentar quieta a sua dor.
Mas, então você se pergunta: “Porque estou nesta situação, porque eu tolero, porque eu relevo?”. As respostas variam bastante: Na primeira e principal delas você aceita por paixão, por encanto, por “amor”: o outro lhe fere e humilha, mas, pede perdão e você acredita que ele vai mudar, que ele lhe “ama” e lhe magoa por insegurança. De certa forma você se culpa por “deixá-lo” inseguro e, de vitima, você se convence de que também é “algoz”.
Na segunda resposta mais coerente, (frise-se, existem várias possibilidades, mas estas duas se sobressaem na maior parte dos casos), você aceita por orgulho, porque você se acha especial, bom o suficiente para, cedo ou tarde, fazer aquela pessoa mudar para melhor. Você sofre como Jesus na cruz com a esperança de influenciar positivamente quem lhe apedreja, você acha que, no fim da história você será o “mártir”.
Nestes dois casos o agredido moralmente esta equivocado, vive em engano e ilusão, com uma esperança infantil que beira a insanidade. Em ambas as possibilidades você carrega a falsa crença de que, enquanto o outro suga o seu melhor e as suas energias positivas, ele poderá mudar “por você”.
Viver bem e cercado de pessoas que mereçam o seu apreço, que lhe respeitam como são respeitadas e lhe amam como são amadas é uma questão de realismo, de averiguação da realidade e da verdade “nua e crua”, sem que você a maquie, faça uma plástica ou adorne-a, a realidade é uma apenas, e quando ela traz consigo humilhação, egoísmo, egocentrismo, narcisismo e desrespeito ela nunca vai mudar. Você pode aceitar humilhações e se humilhar ainda mais, mas ninguém nunca vai mudar por você.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 18 de outubro de 2011.

domingo, 16 de outubro de 2011

Verdade dói?




Verdade dói?





Para quem deve uma carta de cobrança não irrita, para quem tem culpa uma acusação pode ser amena, para quem errou qualquer consideração branda do erro pode se tornar uma alegria imensurável. Para um inocente qualquer acusação ofende.
Ciúme injustificado e ofensivo magoa a quem é leal e fiel, dedos que apontam falhas que não existiram e defeitos inventados funcionam como um revólver que dispara tiros a quem nem sequer esta agindo, nem mesmo em defesa própria.
As palavras de um homem, quando injustas, podem ser mais aviltantes, mais cortantes e letais do que a verdade mais doída ou tiros de metralhadora. Elas cortam a alma e abrem um rombo no coração do inocente, do injustiçado.
Se você é ladrão ser chamado de desonesto é quase um “elogio”, se você é costumeiramente infiel ter um “caso” descoberto é “coisa pouca”, para quem é mentiroso se defender apenas sobre uma de suas mentiras é “vantagem”, para quem abusa da boa fé alheia ganhar a mínima credibilidade de alguém é “lucro”. Para quem é falso usar uma boa maquiagem é uma “cirurgia plástica”, sem efeitos morais, é claro. Para o mosquito que transmite a dengue ser chamado de "pernilongo" é uma "honra", apesar da subestimação.
A verdade só dói quando as pessoas são orgulhosas demais para reconhecê-la, para pedir perdão ou, ao menos, para aceitar que são imperfeitas. A mentira, a invenção e a injustiça verbal, por outro lado, não apenas doem, elas cortam, machucam e deixam cicatrizes indeléveis na alma de suas vitimas. Antes ser um bandido que leva a culpa pelo que fez, do que um inocente que nem sabe por que esta sendo acusado.
Cláudia de Marchi



Passo Fundo, 17 de outubro de 2011.

Estranha loucura

Estranha loucura




Não deixe que as pessoas digam o que pensam de errado a seu respeito quando elas estão equivocadas, não deixe que elas lhe magoem porque lhe julgam mal sem saber quem você é. Não brigue, não grite: mande-as investigar a sua vida e, se quiserem lhe ver novamente, que apresentem um “dossiê” sobre o que “encontraram”. Se elas mantiverem as suas idéias sórdidas em pensamento, não lhe machucarão, mas, palavras, uma vez ditas, não voltam atrás.
Relação que começa em desrespeito termina em desrespeito, a pessoa que lhe ofendeu por mal julgar-lhe uma vez vai lhe ofender muitas outras vezes menosprezando seu caráter e suas virtudes, por não valorizar-lhe. Não se mantenha em um relacionamento cujas palavras principais não são “eu te amo e valorizo”, mas “desculpa”, “perdão”.
Não desperdice suas energias pensando se você é inadequado para quem lhe ofendeu por não corresponder a suas “projeções” (defeitos e virtudes que ele “tira” de si e “joga” em você) ou porque você lhe deu reais “razões” para pensar o que pensa. Não caia na persuasão do outro, não se entregue à “estranha loucura” de achar que o errado é você. Isto é um ciclo que destrói sua auto-estima e alimenta uma paixão doente, quase em estado de coma.
Ninguém demonstra o que não é pára ser malbaratado, menosprezado e ofendido por outra pessoa. As pessoas desconfiam das outras segundo o que elas são capazes de fazer, a maldade esta no espírito e na mente de quem julga, o “criticado” é apenas um objeto no momento errado, na hora errada e, para algumas pessoas, este sempre será o momento: o ruim, o torto, o equivocado, ou seja, elas sempre irão “se enganar” a seu respeito, porque essa é uma forma delas se protegerem da culpa por ter-lhe ferido (injustamente) desde o inicio.
Quem lhe ofendeu uma vez e se fez de vitima de seus atos fará novamente, não se iluda: pessoas não mudam, elas disfarçam seus defeitos como uma adolescente acima do peso que usa meia calça especial ou roupas pretas, mas, ao final da noite, ela se despe e sabe o corpo que vai ver no espelho, talvez não seja o corpo que ela queria, mas é o corpo que ela possui.
Cláudia de Marchi




Passo Fundo, 16 de outubro de 2011.

sábado, 15 de outubro de 2011

Queira ser feliz!

Queira ser feliz!




Enquanto homens e mulheres desejarem uns dos outros benesses que não sejam amor e respeito os relacionamentos afetivos vão continuar em derrocada, enquanto aparência, dinheiro e outras futilidades basearem as intenções dos “pares” não haverá relação que perdure, simplesmente porque, não existe amor nestes “termos”.
O amor verdadeiro não baliza classe social, declaração de renda, bens, propriedade, carros caríssimos, alta graduação e a possibilidade de um divórcio lucrativo. O amor une indivíduos com base em afinidades morais, psíquicas, espirituais e são nelas que eles se fortificam e não em interesses financeiros, materiais e num parco interesse de entrega, envolvimento e de união afetiva sem prazo para terminar.
Não pense minha querida, que é “melhor” chorar num palacete do que numa quitinete, não pense que é “melhor” chorar num carro importado do que no banco de um ônibus, não pense que é “melhor” chorar se embriagando de espumante caríssima e não de caipirinha “carregada” no açúcar. Se você tem esses preceitos esta prevendo o seu sofrimento e, amor de verdade, entre pessoas de bom caráter não causa dor, não faz você chorar, logo, tais tragicômicas idéias caem por terra e são pisoteadas pela realidade da vida.
Quando você deixar de lado o materialismo tolo e privilegiar afinidades culturais, morais, afetivas, psíquicas, e tudo que lhe faça sentir-se bem na cama e fora dela com alguém no qual você reconhecerá o amor verdadeiro, haverá felicidade em sua vida, o contrário ocorre enquanto você, por medo de se entregar, por interesses escusos ou por vontade de se “proteger” por trás de um marido abastado, cavar a sua própria dor graças a sua descrença no amor.

Não muda em nada o local onde você chora, se você chora de tristeza. Queira ser feliz num barraco, queira ser feliz tomando vinho de garrafão, queira ser feliz sem televisão a cabo e mais sexo, queira ser feliz comendo macarronada com molho de tomate, queira ser feliz em sua micro-sala, queira meu caro, apenas ser feliz no amor e afaste dele todos os pensamentos que não se coadunam com a sua magnitude, o que inclui o medo, o negativismo e o materialismo. Seja nobre nas suas intenções, apenas assim a vida será nobre com você.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 16 de outubro de 2011.

Tudo passa.



Tudo passa.



Eu não conheço muito sobre a vida, não conheço tudo sobre ela, mas, por incrível que pareça, (para quem não me conhece profundamente) eu entendo muito de sofrimento, abuso psicológico, solidão e ingratidão.
De todas as histórias que tenho para contar metade são tristes, pouco compreendidas, afinal, dificilmente alguém quer, realmente, “ouvir sobre” e entender o que você passou na vida, a maioria gosta de menosprezar e criticar. Desde sempre o “tudo bem?” é um recurso de interação, uma pergunta conveniente que não espera uma resposta condizente com a realidade.
Enfim, eu não quero e sei que não interessa a “quase” ninguém a minha história e as minhas agruras, o que talvez seja interessante é o resultado delas: daquilo que passei e enfrentei, posso afirmar com convicção que “tudo passa”. Frise-se, “do que passei”.
Você pode ser humilhado, malbaratado, enganado, iludido, frustrado, ofendido, desmoralizado, abusado, pisado, confundido, ignorado e menosprezado por pessoas que você, erroneamente, considerou especiais, para quem, numa ilusão que parecia real, você entregou sua confiança, mas você não vai morrer. A dor da decepção é forte, você pensa que vai sucumbir a ela, que não vai conseguir ir adiante, mas consegue, tudo passa e você se fortifica.
Não é da “conta” de ninguém como eu me tornei a pessoa que sou hoje. Como eu me tornei mais leve, mais humilde, mais madura, mais tranqüila, mais decidida, mais esperta e autoconfiante, mas uma coisa é certa, não foi colhendo flores, não foi sorrindo, não foi sem lágrimas ou arrependimento.
Muito pelo contrário, mas valeu à pena cada sensação de “não vou suportar mais”, cada momento de exaustão, cada lágrima, cada arrependimento, todos os momentos de tristeza valeram a pena, e podem me fazer afirmar a quem quiser ouvir: tudo passa, mas cuidado, cultive quem você ama, porque se você não cuidar, a alegria, os sorrisos e a sensação de realização também irão passar, afinal o que é bom, verdadeiro, honesto e raro não sobrevive sem valorização e carinho, logo, pode “passar” também.





Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 16 de outubro de 2011.








Chico Xavier dizia: "ISSO TAMBÉM VAI PASSAR."

O ônus (não real) do bônus.



O ônus (não real) do bônus.




Antes de ler o que um cronista escreve você deve ter a ciência de que, se ele é leal à suas idéias e pensar, se ele é sincero e às vezes rude com as palavras, ele não liga para sua critica negativa ou desprovida de compreensão. Azar o seu se você não agüenta pontos de vista diferentes. Incomodar sendo sincero faz bem para o ego, querido!
Ah, mas e o escritor aceita (opiniões diversas)? Claro! Do contrário ele não escreveria, tampouco publicaria o que escreve. Quando se opta por isso a pessoa tem que estar bem resolvida a ponto de saber que agradar é uma contingência positiva, desagradar é outra, porém menos positiva, quiçá negativa, mas nada que afete o seu bom humor.
É seu direito escrever e expor o que você pensa, é direito alheio não gostar e, por não saber compreender que suas idéias são mais “amplas” do que aparentam, se “ofender”, o trabalho será dobrado para o sujeitinho que se magoou com você, ou então você ganhou um inimigo e não sabe! Ora gente, que coisa “chique”!
Você ama, trabalha, batalha, sorri, se diverte, vive a sua vida ao máximo, escreve por prazer, e, mesmo sendo diariamente cordial com as pessoas, apesar de sincera, você arremata uns inimigos cujo nome você desconhece, o que é mais “chique” ainda! Inimizade unilateral: você nem sabe ou quer saber o nome do individuo que, por discordar de você lhe odeia, e ele “lá”, falando mal de você o quanto pode! Que “meigo” isso!
Fale mal, mas fale da gente, meu povo! Se você não tem nada de bom para fazer a não ser criticar negativamente e mal julgar quem você não conhece, apenas porque ele expõe pensamentos que discordam dos seus, siga adiante! Se ser uma pessoa insignificante para alguém que lhe desperta raiva lhe faz bem, continue assim! Cada um vive como quer.
Cláudia de Marchi



Passo Fundo, 15 de outubro de 2011.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Parceria e amizade






Parceria e amizade




Ninguém vive sem amigos, sabe-se disso, o que não se pode mensurar é de quantos amigos uma pessoa precisa, até mesmo porque isso depende de sua personalidade, de seu altruísmo, e da forma com que você leva a sério quem preza.
Sim, sinto informar, pessoas irresponsáveis podem possuir muitos amigos, ou melhor, ele chama tais indivíduos de “amigos”, no entanto não lhes leva a sério, não lhes dá atenção, fala apenas de si mesmo e nunca ouve, com o coração, o que seu amigo tem para dizer. Esse sujeito tem amigos de verdade, mas ele não sabe ser um.
Amigo é aquela pessoa na qual você pode confiar para contar tudo sem ter medo de deboche, sem ter medo da incompreensão, da inveja ou do descaso. Amigo lhe respeita, lhe aceita, se preocupa com seu bem estar, quer lhe ver progredir, quer lhe ver amar e ser feliz da forma que você espera ser.
Todavia, amigo de verdade não lhe apóia sempre, nem a toda e qualquer idéia que você tenha, mas é sincero e franco, expõe suas razões e, o que é o maior sinal da existência de uma amizade verdadeira: a sua discordância respeitosa não gera brigas nem desconfiança, pelo contrário, cria admiração.
Se quiséssemos que amigos concordassem sempre conosco conversaríamos com o espelho ou com nosso bicho de estimação, não precisamos da anuência de nosso verdadeiro amigo para tudo, mas, é claro, não desejamos seu desrespeito, deboche ou gozação quando falamos do que nos é importante, sério e digno.
Eu sei que nem todo mundo entende de amizade verdadeira, a maioria entende de “parceria”, de junção de gente com interesses em comum onde a alma, a essência, é pouco valorizada, afinal, muitas vezes nem sequer é “dada a conhecer” por não fazer parte dos interesses da “galera”, que, de regra, são: bebedeira, festa, junção, risadas e diversão.
O seu parceiro (não no sentido sexual, entenda-se bem) não lhe ouve quando você está triste por causa do seu trabalho, relacionamento ou família, ele lhe convida para sair beber e, enquanto você se ilude que é ouvido, ele paquera todas as mulheres do local e bebe bastante. De regra ele esta de carona, com você.
Quando você se afasta da vida social, quando você se retrai em suas batalhas pelos seus sonhos e realização, ou quando você se cansa da vulgaridade mundana e da maldade e malícia da maioria, seus parceiros, de regra, nunca mais lhe ligam. A parceria é a “amizade social”, para “inglês ver”, sem socialização, sem “amizade”.
Amigos, pelo contrário, sabem por que você se evadiu da sociedade repetitiva, sabe o que você esta planejando e, toda vez que lhe encontram ou ligam, surge àquela energia positiva, aquela aura de confiança mútua que nem o tempo, nem a distancia, ou qualquer mudança em suas vidas irão mudar.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 15 de outubro de 2011.

Pense antes de falar, repense antes de escrever: estamos na nova era!




Pense antes de falar, repense antes de escrever: estamos na nova era!




Raciocine antes de falar, repense antes de expressar um pensamento ou emoção, se você não conseguir isso, faça um favor a si mesmo: mantenha sua boca fechada, recolha sua vontade de escrever a bobagem que for.
Em tempos de sites de relacionamento que englobam um número maior de “amigos” do que conseguiríamos presentear se fossemos seus convidados em cada aniversário, terminamos por nos assombrar com algumas coisas que lemos. Aliás, o verbo “ler” e “ouvir”, nestes novos tempos, estão quase se tornando sinônimos.
Mas “prestar” atenção e “pensar sobre” é algo, desde sempre, raro. É tanta gente demonstrando a futilidade em afirmativas pobres e vazias, são tantas pessoas pregando virtudes inexistentes, dando atestado de imodéstia e insegurança que dá pena, sem contar os “auto-afirmadores de plantão”, esses só não escrevem um “manual de como ser feliz”, porque (...pausa...) Bem, porque não são, quem é feliz não precisa se auto-afirmar!
Sendo verdade que as amizades, a interação humana, os negócios, os encontros amorosos foram beneficiados com a era da informática e da internet é, também verdade que as pessoas fúteis, belas por fora e “bolorentas” por dentro, simpáticas, mas falsas, foram prejudicadas, ainda que escrevam “frases” de efeito e encham seus perfis com fotos “enfeitadas”. É mais fácil reconhecer uma “réplica” de gente no mundo virtual!
Outrora era preciso pensar duas vezes antes de falar, hoje é preciso pensar o dobro antes de escrever ou copiar algo para os outros lerem. Óbvio, que sempre haverá “os poucos raciocínio” para “curtir” e elogiar, mas, felizmente, existe a minoria critica, bem resolvida e pensante (Glória, Glória, Aleluia!). E é por isso que é melhor calar-se: antes as pessoas “acharem” que você é fútil, vazio ou tolo do que terem plena certeza disso.
Cláudia de Marchi




Passo Fundo, 14 de outubro de 2011.

Não dá tempo








Não dá tempo

Não existe melhor e mais “adequada” desculpa para nossa ausência do que o tempo, ou melhor, a falta dele. É um festival de "não dá tempo", "não tenho tempo". Meses sem falar com a amiga: "falta de tempo". Falta de atenção e dedicação no relacionamento: "é tudo corrido, não dá tempo". Falta de diálogo com o filho: "Não sobra tempo para sentar e conversar".
Ainda não ter lido o livro que deseja: "não dá tempo". Enfim, é como se o tempo fosse um fruto raro que é cultivado apenas numa estação e quando nasce existem apressados que vão à feira e o levam, fazendo com que a quantidade produzida não "dê" para todos que desejam saboreá-lo.
Quando me refiro à ausência, me refiro a nossa "falta" com quem amamos, a nossa ausência conosco, vez que deixamos de fazer muitas coisas que nos dá prazer e deixamos de conviver com pessoas que nos fazem bem por "falta de tempo", somos, em suma ausentes em nossas próprias vidas, entendendo-se vida como algo mais do que o mero "existir" e ter sangue pulsante nas veias, mas o existir aproveitando a existência, me refiro a viver com intensidade cada minuto, porque quem não vive intensamente, quem é escravo dos deveres que se impõe, apenas existe, é aquele que criou a meta e fez-se dela escravo, é aquele que teve ambição e deixou-a crescer de tal forma que passou a ser ela a sua dona.
Ocorre que somos donos de nossas vidas, somos responsáveis pela nossa profissão, e, de certa forma, por tudo o que amamos. Somos donos de nossas horas, minutos e segundos e fazemos neles o que queremos, então, já que o "tempo" não é uma espécie de fruto raro, mas, isto sim, frações desses momentos, podemos fazer o que quisermos. Por tal motivo há o ditado que diz que "tempo é uma questão de preferência".
Não podemos negar que os dias passam de pressa, pois, cada vez mais, estamos atarefados, mas podemos reaprender a usar nosso tempo e aproveitar um pouco dos instantes de nossa existência para bem viver, pois, via de regra, nos tornamos escravos de nossa rotina, de nossa profissão, de nossa ganância, e deixamos que a criatura escravize o criador que deixa de ter tempo para coisas e momentos que lhe dão prazer, e, assim justifica sua inércia dizendo que "não há tempo".
Diante da incontestável correria de nossas vidas devemos priorizar o que nos faz bem, mas que protelamos posto que atendemos primeiramente as nossas tarefas imediatas, ou melhor, que se tornaram imediatas pela rotina que temos e mantemos. Não devemos apenas priorizar o que fazemos de costume, o que fazemos rotineiramente, posto que é neste viver rotineiro que, constantemente estamos justificando que "não temos tempo" de forma que agimos assim por saber que podemos fazer “mais” e “melhor” muitas coisas, porém nos habituamos a apenas justificar nossa ausência de bem viver com a pesarosa existência de dias cheios de tarefas e vazios de alegria e de prazer.
Feliz o homem que sabe aproveitar a vida, que faz o que deve e o que gosta, que é dono de seu tempo e não se deixa acostumar com a rotina, de forma a não “abrir” exceções para relaxar e deixar-se levar pela própria ânsia de aproveitar seus instantes, não deixando-se contaminar com a falta de boa vontade de inventar momentos agradáveis e de gozar a sua vida, por outro lado infeliz é o sujeito que se escraviza à própria rotina e passa a justificar sua inércia e comodismo como sendo "falta de tempo".

Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 10 de março de 2005.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

As duas saudades

As duas saudades



Existem dois tipos de saudade: a consolável ou “de contente” e a inconsolável ou melancólica, a primeira é aquele doce apertar no coração, aquela vontade de pegar na mão, de deitar no peito, de beijar, que, num dia ou noutro vai ser satisfeita, saciada e a paz, (ainda não totalmente perdida), se somará a felicidade e a alegria,
A saudade melancólica é aquela que não pode ou não deve ser “curada”. No primeiro caso ela ocorre quando sentimos falta de quem não esta mais neste mundo, no segundo, porém surge quando a carência e a solidão nos deixam suscetíveis a melancolia, de forma que, passamos a analisar com lentes “escuras” o nosso passado e quem nos fez mal e, por isso, tiramos da nossa vida, mas, neste lapso de equivoco e “falência emocional” re-estimamos, ou melhor, estimamos, quem não merece e nunca mereceu nosso prezar.
É preciso saber viver para saber sentir saudade, afinal ela é para quem não se desespera, para quem a entende, para quem a goza, mas consegue restabelecer seus sentidos, seja com base no fato de que logo ela será satisfeita e findará, seja pela triste constatação de que, apesar da dor, jamais se poderá trazer à vida quem faleceu, seja porque a carência turva suas idéias, logo quem foi uma vez “expulso” de sua vida, deve continuar fora dela, afinal, não foi em vão que o desamor surgiu.
Bons são os sentimentos que habitam o coração de quem sabe ser racional quando é necessário, bons são os sentimentos sinceros de quem ama, de quem preza, valoriza e, antes de tudo, se valoriza, logo, não se tortura, não age com vileza, não se atira ao instinto da tristeza que, por pena de si mesmo, gosta de cultivar.
Boa é a saudade que podemos consolar num abraço, num beijo, num afago, num carinho, em alguns minutos, em muitas horas ou dias, boa é a saudade que a gente sente de quem ama e, por mais longe que esteja, vai chegar com o coração batendo mais forte, como o nosso, que quedamos quietinhos e esperançosos a lhe esperar. Matar a saudade é uma benesse para quem ama, deixar o coração morrer aos poucos pela saudade melancólica é o mal de quem não se valoriza, não se ama e nem sabe (bem) viver.



Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 14 de outubro de 2011.



















Felicidade e silêncio.

Felicidade e silêncio.


Cuidado em quem você confia, cuidado com o que você conta para as pessoas, a inveja esta a solta e ela é onipresente: esta em todos os lugares, inclusive onde você menos imagina.
Limite seu anseio de contar aos outros como você esta feliz, como seu parceiro lhe completa, como vocês formam um casal cheio de afinidades. Não conte o quanto você está feliz, algumas pessoas não vão acreditar, outras vão rir e outras desejarão que isso não dure, ou seja, irão lhe invejar!
A inveja não escolhe cor para usar que a distinga de uma simples “brincadeira” de mau gosto, ela se fantasia de seu melhor amigo, irmão, ela não escolhe alma na qual brotar, mas, de regra, é naquelas que não suportam o brilho dos seus olhos, a alegria que você emana. Silencie, não fale nada, apenas aceite o fato de que a sua felicidade pode representar um fardo para muitas pessoas, respeite-as, mas não confie demais nelas, nem todos são puros e bondosos como você.
Por que você vai contar aos outros o quanto você é feliz? O quanto você esta se sentindo completo? Divida sua felicidade com seu par que lhe ama, não jogue pérolas aos porcos, praticamente ninguém vai lhe parabenizar com muita sinceridade, não sem ter um pouquinho de inveja, olhe para os lados, veja a frivolidade com que as pessoas vivem, é para elas que você quer expor a sua preciosa realização afetiva?
Se você é feliz, se você esta feliz, deixe que os outros vejam já que é impossível se esconder numa ilha deserta. Alguns indivíduos acompanham sua vida como uma tele-novela, então não seja estúpido em dar-lhes o roteiro dos próximos capítulos, não lhes dê a sinopse de sua alegre existência.
A felicidade é sua, demais ninguém, tenha um pouco de pudor em relação a ela, afinal vivemos num mundo em que é mais “normal” as pessoas transarem quase em público e mal lembrar-se de seus nomes no outro dia, do que um homem e uma mulher serem plenamente felizes juntos. Aceite isso e feche a boca! Afinal, a palavra é de prata, o silêncio é de ouro!
Cláudia de Marchi

Passo Fundo, 14 de outubro de 2011.

"Tudo valeu a pena."

“Tudo valeu à pena.”



Não tenha medo de sofrer, não tenha medo de se sentir sozinho, não tenha medo de ser ofendido, de ter seu carinho, afeto e atenção desprezados ou ignorados, não tenha medo de se erguer quando sua alma quer deitar ou fugir, tenha, apenas, medo de ser injusto com quem não merece, medo de ser rude e medo de magoar um coração que lhe ama.
Se você, mesmo sofrendo, for justo e não se entregar à vileza, à estupidez e à ignorância da maioria das pessoas de corações gélidos, numa dessas voltas que a vida dá, “de repente, não mais que de repente”, você será agraciado com a felicidade que você buscou em lugares equivocados, com pessoas erradas.
De repente, você vai receber em sorrisos, afagos e carinhos, todo o amor e a felicidade que outrora foram lágrimas, lamentos, dúvidas e tristeza. Quando você menos esperar você vai encontrar alguém que é “para você”, que se afina com você, que pensa como você e que, principalmente, é feliz ao seu lado, assim como você ao dele, sem cobranças, sem turbulências, sem brigas, tudo manso e pacifico como um amanhecer ensolarado e silencioso em frente ao mar azul e transparente.
Não reclame demais, não reclame da dor. Ninguém erra querendo, ninguém sofre por gostar, ninguém se ilude sem que alguém alimente suas boas intenções, ninguém deixa quem lhe valoriza ou faz bem, todavia, ser injusto e maldoso não resolve, apenas lhe afasta de um futuro glorioso e feliz. Então, em seus momentos de agruras, tenha fé e não blasfeme, é esta a forma mais fácil da vida vir bater em porta afirmando-lhe: “Agarre agora a sua felicidade, porque tudo valeu à pena.”
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 13 de outubro de 2011.