Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Perfeito para o senhor imperfeito.



Perfeito para o senhor imperfeito.



Você pode mudar seu visual, sua casa, seu escritório, sua carreira, sua alimentação, seu credo, seu corpo (malhação ou plástica nele!), seu gosto musical, gastronômico, cinematográfico, grupo de convívio, enfim, é fácil mudar muitas coisas em sua vida desde que você deseje, difícil é se desvencilhar dos defeitos que lhe “emperram” a alma e, quase impossível, é você mudar outra pessoa ao seu bel prazer.
Reconhecer seus problemas ou “ditos” defeitos é meio caminho para a mudança, deixar a cargo do tempo não vai adiantar nada. Você precisa se auto-analisar, compreender, olhar para os lados, aprender como pode e colocar em prática a sua “vontade de mudar”. Pode demorar, mas um dia você se torna a pessoa que quer ser.
Agora, difícil é a vida dos pretensos “salvadores” alheios, daquelas pessoas que acham que gostam da outra ou que lhe amam e querem que ela mude “neste” ou “naquele” aspecto. Querido, compreenda o seguinte: se a mulher quer que você mude é porque ela não lhe admira ou não aceita você como é, logo, não lhe ama!
Simples. Se você vai conseguir mudar o outro ou não, é um assunto, mas entrar numa relação ou manter uma, querendo isso é outro assunto, no qual você é o vilão e age de forma mais vil do que o sujeito que, por ter determinado “defeito”, a seu ver, precisa mudar, ou melhor, “ser mudado”.
O que é bom e o que é “para você” surge pronto, não precisa de ajustes, não precisa de mudanças, não é perfeito para o mundo, mas é “perfeito” para você que também é imperfeito. Agora, se você quer ter uma relação e bancar o educador, a mamãe ou o papai, deixo uma dica: não vale a pena, você vai se estressar para “deixar” a pessoa como você “quer”, tal qual um vestido cujo molde você retira de uma revista e leva para a melhor costureira, correndo o risco de, no final, ele não ficar bem em seu corpo, apertando ou sobrando onde não devia.
Ou, pode ser que até que o “sonhado vestido perfeito” fique pronto, do jeito “esperado”, você canse e, na hora da prova final, mesmo que ele sirva perfeitamente, você não ache a mínima graça, afinal passou por tantas vitrines e viu vestidos prontos que não requeriam tanta complicação para se adequar ao seu corpo e “cair bem” em você, que lhe bate “aquele” arrependimento e sensação de tempo perdido. Sacou? Para bom entendedor uma metáfora basta. Mas frise-se que, vestidos você guarda no armário ou coloca a venda, pessoas não; o tempo pelo trabalho da costureira você paga, o seu e o de outro individuo não tem preço.
Cláudia de Marchi



Passo Fundo, 19 de outubro de 2011.

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