Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sem complicações!

Sem complicações!



Não é de minha índole ser desconfiada, analisar a vida alheia, ver maldade nas pessoas ou, como diria meu pai, “procurar cabelos em ovos”. Eu falo a verdade e confio em quem elejo para conviver comigo, não me vale a pena complicar o que é simples. E viver é simples! Tenho uma forma literal de interpretar a vida, tenho intuição e me entendo com ela, todavia a simplicidade e espontaneidade se tornaram meus motes de bem viver numa fase mais madura da minha existência.
Quem não me ama a ponto de respeitar meu jeito atrapalhado, ainda que organizado, animado, humorado, demasiado leve, sincero, alegre, responsável, espontâneo sorridente e altivo, por exemplo, basta seguir sua vida, sem achar que eu sou um joguete em suas mãos. Não mudo para agradar a ninguém, eu posso mudar, é claro, para melhor, apenas se eu perceber tal necessidade. Não quero que a amargura de minhas decepções do passado azede o meu futuro e nem retraia meu sorriso esperançoso, cheio de fé e confiança no presente e, talvez, num amanha ainda melhor.
Gosto de simplicidade, gosto de descomplicação! Não tenho medo de morrer, mas também não tenho pressa, não tenho medo de ser mais uma infeliz e frustrada que deixou sua vida passar, mas apesar disso, eu ando rápido e abraço as oportunidades que, sinto, irão me fazer feliz. Não tenho tempo para manter as pernas cruzadas, encher a barriga de chocolate e lamuriar meu passado, afinal, não fosse a inocência malbaratada nele, hoje eu seria mais uma tola quase balzaquiana no mundo.
A felicidade a sós esta no auto-respeito, no amor próprio, na capacidade de ouvir seu próprio coração, de reavaliar seus atos, sem sentir culpa, revolta ou pena de si mesmo. A felicidade do homem solitário esta em ter uma consciência tranqüila, fé em si mesmo e na vida, nos seus pensamentos positivos, em especial.
A felicidade afetiva do homem, por sua vez, só passa a depender dele quando ele encontra alguém que lhe valha a pena, que balance seu coração, que lhe faça pensar: “Onde ela estava que eu não havia lhe encontrado”. Surgindo daí a correspondência mútua de sentimentos, o caminho para a realização é a confiança, o destemor, o respeito, o carinho e a vontade de ser feliz com a pessoa escolhida, com aquela cuja sintonia se dá de forma transparente, simples, descomplicada e justa.
A vida é simples, não encane quando seus anseios, em comparação com a realidade, lhe traírem. Se erga, sacuda a poeira e siga adiante, antes de ser atropelada e ficar no chão em definitivo, ou melhor, a sete palmos abaixo dele. Leva-se muito tempo para crescer na vida, leva-se muito tempo para formar-se uma grande personalidade e, também, leva-se muito tempo para perceber que a felicidade é irmã da simplicidade: onde existem muitos “poréns” e detalhes o amor se evade, ele não gosta de complicações ou “dramas” desnecessários.
Ele não precisa de odes, de luxo ou ovações, apenas de transparência, sinceridade e franqueza. O amor, como a vida, é simples, complicado é achar alguém que mereça o seu verdadeiro amor, a sua mais pura entrega. Mas, como diria o Renato, “confie em si mesmo, quem acredita sempre alcança”. E alcança mesmo, não desista, afinal não existem infelizes no mundo, apenas pessoas desistentes, inseguras e covardes.
Cláudia de Marchi


Passo Fundo, 05 de outubro de 2011.

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