Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Réplicas

Réplicas



Eu não sou esnobe, mas sou sincera de todas as maneiras. Se a bolsa é réplica eu não compro, sim, gosto de bolsas caras, porque sou da opinião de que uma boa bolsa tem vida própria: você pode estar meio down, não muito arrumada, mas uma bolsa elegante e de grife grita “esta mulher é chique, mas não esta num dia bom”.
Não sou assim com muitas coisas, jóias, por exemplo, se não quero ou não posso gastar um monte de dinheiro numa peça da Vivara original, gasto um pouco menos numa réplica. Todavia não se comparam os valores de uma jóia chique com o de uma bolsa, certo?!
Confesso que tenho duas paixões materialistas na minha vida: bolsas e jóias, as outras são mais baratinhas, bons vinhos, boa comida, enfim, os prazeres para os quais nosso dinheiro foi feito para ser gastado, ou melhor, investido. Qualidade de vida é investimento, não desperdício.
Toda pessoa tem uma ou outra excentricidade financeira, faz parte da personalidade delas, tenham bom ou mal gosto, afinal, ele não se compra. Você pode ser rica, se tem mal gosto, vai sair de sua Mercedes parecendo a sua doméstica no meio da faxina, se tem bom gosto vai sair do seu trabalho, como doméstica, elegante, sorridente e bem vestida. Nada mal, a auto-estima agradece!
Aliás, amor próprio é outra coisa que não se compra. E ai entra o tipo de réplica que eu jamais quero encarar, (apesar de detestar bolsa Victor Hugo “para inglês ver”), o que me tira do sério mesmo é réplica de gente bem resolvida, réplica de gente feliz, réplica de gente contente, réplica de gente sincera e de bem com a vida.
Não suporto gente com pouca auto estima, que se auto-afirma e quer parecer, aos outros, feliz, virtuosa, exemplo de “moral e bons costumes”. Réplicas para mim são objetos e pessoas falsas. Objetos a gente doa, coloca no lixo, gente falsa tinha que nascer com uma tarjeta preta na testa: “Sou tóxica. Mantenha distância.”
Cláudia de Marchi


Passo Fundo, 01 de outubro de 2011.

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