Agressão moral
Algumas formas de agressão não vitimam apenas mulheres, crianças ou idosos. De todas as formas de agressões, as mais tristes e difíceis de libertarem a alma traumatizada, são as verbais, as morais e as emocionais.
A agressão física magoa, humilha, mas o revide pode aliviar sua revolta, ademais todos enxergam seus ferimentos, todos querem lhe dar apoio, desde médicos até amigos, mas aquela agressão que deixa sua alma humilhada e aos prantos ninguém vê, logo, ninguém lhe entende.
Se você quiser um ombro para lhe confortar terá que sentir duas vezes o sabor amargo da humilhação, no momento em que ouviu as palavras que lhe feriram e, após, na hora de contar ao outro e reviver a experiência, sem poder “contar” com sua compreensão: as pessoas não entendem porque você permanece perto de quem lhe faz mal e terminam por culpar você de seu sofrimento. Logo, o melhor é agüentar quieta a sua dor.
Mas, então você se pergunta: “Porque estou nesta situação, porque eu tolero, porque eu relevo?”. As respostas variam bastante: Na primeira e principal delas você aceita por paixão, por encanto, por “amor”: o outro lhe fere e humilha, mas, pede perdão e você acredita que ele vai mudar, que ele lhe “ama” e lhe magoa por insegurança. De certa forma você se culpa por “deixá-lo” inseguro e, de vitima, você se convence de que também é “algoz”.
Na segunda resposta mais coerente, (frise-se, existem várias possibilidades, mas estas duas se sobressaem na maior parte dos casos), você aceita por orgulho, porque você se acha especial, bom o suficiente para, cedo ou tarde, fazer aquela pessoa mudar para melhor. Você sofre como Jesus na cruz com a esperança de influenciar positivamente quem lhe apedreja, você acha que, no fim da história você será o “mártir”.
Nestes dois casos o agredido moralmente esta equivocado, vive em engano e ilusão, com uma esperança infantil que beira a insanidade. Em ambas as possibilidades você carrega a falsa crença de que, enquanto o outro suga o seu melhor e as suas energias positivas, ele poderá mudar “por você”.
Viver bem e cercado de pessoas que mereçam o seu apreço, que lhe respeitam como são respeitadas e lhe amam como são amadas é uma questão de realismo, de averiguação da realidade e da verdade “nua e crua”, sem que você a maquie, faça uma plástica ou adorne-a, a realidade é uma apenas, e quando ela traz consigo humilhação, egoísmo, egocentrismo, narcisismo e desrespeito ela nunca vai mudar. Você pode aceitar humilhações e se humilhar ainda mais, mas ninguém nunca vai mudar por você.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 18 de outubro de 2011.
A agressão física magoa, humilha, mas o revide pode aliviar sua revolta, ademais todos enxergam seus ferimentos, todos querem lhe dar apoio, desde médicos até amigos, mas aquela agressão que deixa sua alma humilhada e aos prantos ninguém vê, logo, ninguém lhe entende.
Se você quiser um ombro para lhe confortar terá que sentir duas vezes o sabor amargo da humilhação, no momento em que ouviu as palavras que lhe feriram e, após, na hora de contar ao outro e reviver a experiência, sem poder “contar” com sua compreensão: as pessoas não entendem porque você permanece perto de quem lhe faz mal e terminam por culpar você de seu sofrimento. Logo, o melhor é agüentar quieta a sua dor.
Mas, então você se pergunta: “Porque estou nesta situação, porque eu tolero, porque eu relevo?”. As respostas variam bastante: Na primeira e principal delas você aceita por paixão, por encanto, por “amor”: o outro lhe fere e humilha, mas, pede perdão e você acredita que ele vai mudar, que ele lhe “ama” e lhe magoa por insegurança. De certa forma você se culpa por “deixá-lo” inseguro e, de vitima, você se convence de que também é “algoz”.
Na segunda resposta mais coerente, (frise-se, existem várias possibilidades, mas estas duas se sobressaem na maior parte dos casos), você aceita por orgulho, porque você se acha especial, bom o suficiente para, cedo ou tarde, fazer aquela pessoa mudar para melhor. Você sofre como Jesus na cruz com a esperança de influenciar positivamente quem lhe apedreja, você acha que, no fim da história você será o “mártir”.
Nestes dois casos o agredido moralmente esta equivocado, vive em engano e ilusão, com uma esperança infantil que beira a insanidade. Em ambas as possibilidades você carrega a falsa crença de que, enquanto o outro suga o seu melhor e as suas energias positivas, ele poderá mudar “por você”.
Viver bem e cercado de pessoas que mereçam o seu apreço, que lhe respeitam como são respeitadas e lhe amam como são amadas é uma questão de realismo, de averiguação da realidade e da verdade “nua e crua”, sem que você a maquie, faça uma plástica ou adorne-a, a realidade é uma apenas, e quando ela traz consigo humilhação, egoísmo, egocentrismo, narcisismo e desrespeito ela nunca vai mudar. Você pode aceitar humilhações e se humilhar ainda mais, mas ninguém nunca vai mudar por você.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 18 de outubro de 2011.
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