Fantasmas
Como são egoístas, patéticos e tolos os seres humanos que não sabem perder. Aqueles que, por exemplo, admitem o pedido de demissão de um funcionário, mas não aceitam que ele encontre outro emprego, por exemplo.
A maldade humana, realmente, desde a época do Renato Russo, deixou de “ter nome”. Tornou-se tão vil, tão vã e estúpida que possui nítidos e infelizes caracteres tragicômicos.
A sua ex-mulher lhe assina o divórcio, pouco dialoga, tenta lhe cercar quando pode, até que ela descobre que você encontrou um novo amor, uma nova flor para seu jardim, então, a egoísta que, não em vão, perdeu seu apreço, resolve lhe procurar.
Você não quer lhe dar atenção e nem sequer lhe ouve, afinal você sabe o seu discurso decor, essa situação não é inédita e, se você for tolo mais uma vez e ceder às suplicas da infeliz, futuramente ela se repetirá. Esse momento é fantasmagórico e só acontece se você acreditar no reaparecimento da alma que já foi velada.
Não é amor, não é encanto, não é bem querer, é orgulho ferido, obsessão, egoísmo e, porque não dizer, burrice de quinta categoria: a sem vergonha aceitou perder todas as batalhas, mas quando você resolve encarar outro campo de batalha, outra “causa”, outra guerra, ela vem com canhão e munição, para dizer que quer lutar ao seu lado.
Piada! Piada de quinta categoria. Não seja tolo meu caro, se ela fosse boa não seria sua “ex”! Deixe o platonismo de lado, valorize quem valoriza você, estime quem lhe é sincero, fiel e amoroso e, nunca esqueça porque você incluiu ou excluiu pessoas de sua vida, afinal, sempre existem aquelas - sem noção alguma do ridículo-, que um dia baterão à sua porta dizendo que você estava equivocado, afinal ela não viu e nem estimou o seu sofrimento, a sua frustração e as amargas lágrimas que você chorou.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 11 de outubro de 2011.
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