Parceria e amizade
Ninguém vive sem amigos, sabe-se disso, o que não se pode mensurar é de quantos amigos uma pessoa precisa, até mesmo porque isso depende de sua personalidade, de seu altruísmo, e da forma com que você leva a sério quem preza.
Sim, sinto informar, pessoas irresponsáveis podem possuir muitos amigos, ou melhor, ele chama tais indivíduos de “amigos”, no entanto não lhes leva a sério, não lhes dá atenção, fala apenas de si mesmo e nunca ouve, com o coração, o que seu amigo tem para dizer. Esse sujeito tem amigos de verdade, mas ele não sabe ser um.
Amigo é aquela pessoa na qual você pode confiar para contar tudo sem ter medo de deboche, sem ter medo da incompreensão, da inveja ou do descaso. Amigo lhe respeita, lhe aceita, se preocupa com seu bem estar, quer lhe ver progredir, quer lhe ver amar e ser feliz da forma que você espera ser.
Todavia, amigo de verdade não lhe apóia sempre, nem a toda e qualquer idéia que você tenha, mas é sincero e franco, expõe suas razões e, o que é o maior sinal da existência de uma amizade verdadeira: a sua discordância respeitosa não gera brigas nem desconfiança, pelo contrário, cria admiração.
Se quiséssemos que amigos concordassem sempre conosco conversaríamos com o espelho ou com nosso bicho de estimação, não precisamos da anuência de nosso verdadeiro amigo para tudo, mas, é claro, não desejamos seu desrespeito, deboche ou gozação quando falamos do que nos é importante, sério e digno.
Eu sei que nem todo mundo entende de amizade verdadeira, a maioria entende de “parceria”, de junção de gente com interesses em comum onde a alma, a essência, é pouco valorizada, afinal, muitas vezes nem sequer é “dada a conhecer” por não fazer parte dos interesses da “galera”, que, de regra, são: bebedeira, festa, junção, risadas e diversão.
O seu parceiro (não no sentido sexual, entenda-se bem) não lhe ouve quando você está triste por causa do seu trabalho, relacionamento ou família, ele lhe convida para sair beber e, enquanto você se ilude que é ouvido, ele paquera todas as mulheres do local e bebe bastante. De regra ele esta de carona, com você.
Quando você se afasta da vida social, quando você se retrai em suas batalhas pelos seus sonhos e realização, ou quando você se cansa da vulgaridade mundana e da maldade e malícia da maioria, seus parceiros, de regra, nunca mais lhe ligam. A parceria é a “amizade social”, para “inglês ver”, sem socialização, sem “amizade”.
Amigos, pelo contrário, sabem por que você se evadiu da sociedade repetitiva, sabe o que você esta planejando e, toda vez que lhe encontram ou ligam, surge àquela energia positiva, aquela aura de confiança mútua que nem o tempo, nem a distancia, ou qualquer mudança em suas vidas irão mudar.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 15 de outubro de 2011.
Sim, sinto informar, pessoas irresponsáveis podem possuir muitos amigos, ou melhor, ele chama tais indivíduos de “amigos”, no entanto não lhes leva a sério, não lhes dá atenção, fala apenas de si mesmo e nunca ouve, com o coração, o que seu amigo tem para dizer. Esse sujeito tem amigos de verdade, mas ele não sabe ser um.
Amigo é aquela pessoa na qual você pode confiar para contar tudo sem ter medo de deboche, sem ter medo da incompreensão, da inveja ou do descaso. Amigo lhe respeita, lhe aceita, se preocupa com seu bem estar, quer lhe ver progredir, quer lhe ver amar e ser feliz da forma que você espera ser.
Todavia, amigo de verdade não lhe apóia sempre, nem a toda e qualquer idéia que você tenha, mas é sincero e franco, expõe suas razões e, o que é o maior sinal da existência de uma amizade verdadeira: a sua discordância respeitosa não gera brigas nem desconfiança, pelo contrário, cria admiração.
Se quiséssemos que amigos concordassem sempre conosco conversaríamos com o espelho ou com nosso bicho de estimação, não precisamos da anuência de nosso verdadeiro amigo para tudo, mas, é claro, não desejamos seu desrespeito, deboche ou gozação quando falamos do que nos é importante, sério e digno.
Eu sei que nem todo mundo entende de amizade verdadeira, a maioria entende de “parceria”, de junção de gente com interesses em comum onde a alma, a essência, é pouco valorizada, afinal, muitas vezes nem sequer é “dada a conhecer” por não fazer parte dos interesses da “galera”, que, de regra, são: bebedeira, festa, junção, risadas e diversão.
O seu parceiro (não no sentido sexual, entenda-se bem) não lhe ouve quando você está triste por causa do seu trabalho, relacionamento ou família, ele lhe convida para sair beber e, enquanto você se ilude que é ouvido, ele paquera todas as mulheres do local e bebe bastante. De regra ele esta de carona, com você.
Quando você se afasta da vida social, quando você se retrai em suas batalhas pelos seus sonhos e realização, ou quando você se cansa da vulgaridade mundana e da maldade e malícia da maioria, seus parceiros, de regra, nunca mais lhe ligam. A parceria é a “amizade social”, para “inglês ver”, sem socialização, sem “amizade”.
Amigos, pelo contrário, sabem por que você se evadiu da sociedade repetitiva, sabe o que você esta planejando e, toda vez que lhe encontram ou ligam, surge àquela energia positiva, aquela aura de confiança mútua que nem o tempo, nem a distancia, ou qualquer mudança em suas vidas irão mudar.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 15 de outubro de 2011.
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