Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Beleza e riscos.

Beleza e riscos.

Se você acha que ser feia, esquelética, gorda e com culote é ruim? Peça para uma mulher bonita e de corpo harmônico dizer-lhe como a beleza pode ser incomoda. Não diante do espelho, claro, mas no convívio social.
Aliás, em inúmeros casos a beleza mais atrapalha do que ajuda, ainda mais quando, aliada a ela, está um intelecto admirável, certa inteligência e postura correta e elegante. Ninguém se sente bem por ser excluído ou somente considerado por ser belo. Não quando existe um cérebro por trás do rosto bonito.
Até homens podem fazer mal à mulheres bonitas, até mesmo à suas carreiras. O cineasta Alfred Hicthcock, aficionado por belas mulheres, praticamente arruinou a carreira da loira Tippi Hedren, intérprete do clássico “Os pássaros”.
Diante das constantes negativas da atriz em entabular uma relação “extraprofissional” com ele, o diretor a submeteu a toda espécie de humilhações em cena, tendo demorado dias para concluir a filmagem da cena em que inúmeros pássaros atacam a protagonista, bicando seu rosto, mãos, cabelos e, por um triz, seus olhos.
Não sei se o que ele sentia era paixão ou uma espécie de inveja da luz, da graciosidade e espontaneidade daquela mulher que, em hipótese alguma, o desejou. Alfred se considerava um homem feio, em que pese inteligente e rico.
Pior ainda, porém pode ser a maldade aprontada por uma mulher para outra, por ela ser bela. A mulher bonita é sempre “mal encarada” por aquelas que, instintivamente a classificam como adversaria, como concorrente. E, assim, surgem as fofocas, a maledicência. Frutos, obviamente, da maldade, da mente vazia e do coração endurecido de algumas.
Pessoa alguma tem culpa por ser bela. O grande problema é que o materialismo impera em nosso mundo. O apego à matéria, ao belo, ao elegante, como se tais atributos fossem tão importantes que algumas pessoas se esquecem de aferir se a “concorrente” tem um bom coração, se é inteligente ou se é tão vil, fútil e burra que só um surdo a desejaria.
As pessoas adoram dizer que as mulheres belas são fúteis e superficiais, quando, na verdade, quem lhes olha e julga pela aparência embotando eventual amizade com a bela, são elas! Contradição não? Quem é superficial, portanto? Julgar sem conhecer a essência, a alma, o intelecto e repelir alguém só por ele ser mais atraente só significa uma coisa: a má e velha inveja, o eterno veneno das relações humanas e uma dose avantajada de superficialidade e futilidade.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 10 de outubro de 2014.

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