Igualdade e liberdade.
Não é porque eu sou a favor da legalização do
aborto que eu já tenha abortado, ao contrário do que pensam as pessoas
ignorantes que acham que a gente só defende alguma posição, porque se encaixa
nela.
Não sou gay, mas sou a favor do casamento gay,
nunca experimentei drogas, mas acho que ou se repreende todo mundo, de usuário
á traficante e sem piedade, ou se legaliza e tributa essas porcarias, porque a
proibição não cerceia quem quer se viciar, assim como aquelas fotos aberrantes
e propagandas de acidentes não impedem ninguém de fumar ou beber e dirigir.
Sequer a lei que impede a venda de bebidas
alcoólicas para menores de 18 anos tem efetividade prática! O que falta no
Brasil é conscientização, cultura e educação. Disso tudo carecem, também quem
acha que a gente é o que defende.
Eu defendo a liberdade de cada um fazer o que
deseja com seu corpo, porque, com certeza, não é em vão que fazem. Como diria o
Renato Russo: “Todos têm, todos têm, suas próprias razões”. E, sinceramente, eu
não sou ninguém para dizer que as minhas razões são melhores que a do outro, do
contrário seu seria mais uma moralista, e não uma pessoa com moral. E em paz
com ela, diga-se de passagem.
Aborto? Eu sou a favor da pílula anticoncepcional,
tanto que com mais de três décadas de vida nunca engravidei, mas, convenhamos,
eu sou eu. Será que todas tem a mesma sorte? O mesmo conhecimento, as mesmas
oportunidades? Creio que não.
Portanto, a elas eu não cerceio o direito de,
querendo, poder interromper uma gravidez com dignidade, como as moças de
famílias ricas fazem desde sempre, mas ninguém fica sabendo.
Igualdade e liberdade, isso eu defendo, isso, quem
quiser, pode dizer que eu “sou”, já que não conseguem separar quem fala,
daquilo que fala, então que digam algo de fundamento, por favor!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de outubro de 2014.
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