Ilimitadas.
Não existe uma mulher que seja completamente santa.
Talvez existam as completamente putas, mas santa, por completo, nenhuma é.
Existe, no entanto, uma subespécie do gênero feminino: as que se fazem. Inolvidável
que este é o pior tipo e, sobretudo, o mais perigoso.
A pessoa faz de conta que tem valores, diz “não”
quando quer dizer “sim” e por aí a fora. Mulher que é mulher se comanda, é
gestora de suas vontades, de seus desejos e da sua conta bancária.
Com certeza isso não justifica descaramento, não justifica
flertes com homens comprometidos, nem insinuações que vão da sensualidade à
vulgaridade. Não é porque você se banca que precisa usar uma saia justíssima que
mal esconde a bunda, decote homérico, encher a cara em público e ficar com
qualquer desconhecido sem saber o nome do cidadão.
Há limites, existe o momento certo para se soltar e
o momento para agir com classe, coisa que, convenhamos, as desclassificadas desconhecem.
Todavia, ser intelectual, psíquica e financeiramente independente justifica
algumas loucuras que só a maturidade permite que façamos.
Sou da opinião de que somos o que costumeiramente
fazemos, somos a atitude que, de regra tomamos, todavia, sem algum tipo de exceção
a vida fica chata, a gente se torna chato, medíocre e limitado. A realidade é
que ninguém cabe em conceitos, em rótulos, menos ainda uma mulher.
A decência da alma feminina está na franqueza, na
sinceridade e na honestidade, sobretudo aquela que a mulher deve a ela mesma, a
seus anseios e as suas vontades. Nós não somos complicadas, nós somos
ilimitadas.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 24 de outubro de 2014.
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