Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 26 de outubro de 2014

Maioria.


Maioria.

Eu tenho orgulho de viver num Estado democrático, mas, sobretudo, eu tenho medo. Eu sempre disse que se a maioria fosse boa o País não estaria como está e a frase abaixo explica o motivo.
Não sou o tipo de pessoa pessimista, sempre tento ver o lado bom do que me ocorre, todavia, quando o assunto é a maioria, eu confesso que a acho idiota. Basta analisar circunstancias cotidianas, relações interpessoais, por exemplo.
Por que é difícil para uma pessoa inteligente encontrar alguém “namorável” ou um amigo leal? Porque a maioria é fútil, usa máscara de um caráter e de uma santidade que não possui, a maioria não é, sequer, “conversável”, além de ser demasiado interesseira e materialista.
A maioria das mulheres valorizam mais o dinheiro do que a inteligência, o humor, a beleza e o cavalheirismo dos homens, assim como a maioria deles valoriza mais seios, bunda e beleza do que inteligência e decência.
Alias, quando falo em decência, não me refiro àquela que se perde entre quatro paredes. Que deve ser perdida, diga-se de passagem. Refiro-me a retidão de postura, elegância, dedicação ao trabalho, responsabilidade e conduta.
Uma mulher não é indecente, porque foi para a cama com você no primeiro, segundo ou décimo encontro. Inclusive, a maioria se faz de santa para fazer o sujeito se apaixonar. Uma mulher é decente quando alguns atos são exceção na vida dela, quando no seu dia a dia ela se banca, ela batalha e não procura homens pelo dinheiro, mas pela moralidade.
A maioria, no entanto, julga a parte pelo todo, a maioria gosta de inserir o mundo ou os outros em conceitos medíocres. A maioria crê no que vê e não no que pode ser sentido, conhecido e desvelado. Perspicácia é atributo da minoria pensante.
Enfim, a maioria é idiota, é tola. Só não sei se isso é defeito de fábrica ou se o convívio com pessoas igualmente idiotas lhe corrompeu o bom senso. O fato é que a minoria, é que as exceções às regras buscam exceções, até porque a minoria tem consciência do seu valor e não é desesperada ou carente.
No que tange a escolha de presidente, porém, espero que a maioria acerte neste domingo 26/10/2014, que vença o melhor e que venha a mudança, porque, convenhamos, o Brasil carece dela. Como o avô do talentoso cantor e escritor argentino Facundo Cabral, sou muito corajosa, só tenho medo de aranhas e de gente idiota. Enfim, eu temo a maioria.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 26 de outubro de 2014.

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