Primeira impressão?
Eu não acredito
no brocardo que diz que a “primeira impressão é a que fica”. A primeira
impressão só fica impregnada na mente dos idiotas, dos preconceituosos que
acham que pessoas se cingem a uma ou outra característica, a um ou outro
adjetivo e, sobretudo, a um ou outro ato.
Só serve, pois,
para pessoas de mente tão tacanha e medíocre que são incapazes de conhecer o
outro, de ir além, de dialogar, de conviver e, por mero pré-conceito e
ignorância, atribuem ao sujeito, determinado conceito e não conseguem se desvencilhar dele, até porque,
circunscrever uma pessoa a aparência advinda da primeira impressão é fácil, até
uma criança de cinco anos consegue.
Tentar vencê-la, ser racional, tentar descobrir
como é a alma e o coração por baixo da postura ereta, altiva, difícil ou
demasiado solta e alegre é algo muito, muito mais complexo.
Não espere atitudes nobres e corajosas de gente
banal, de gente comum, de gente tola que crê no que enxerga, que crê no que vê,
porque é incapaz de conhecer o invisível, o que esta por trás, o que não é
óbvio, não é instintivo, mas carece de coração, de bondade, de inteligência e
boa vontade para ser desvelado.
A gente não consegue causar duas primeiras impressões,
mas pessoas inteligentes sabem que primeira impressão não é nada. O que conta é
a última, aquela que você teve após conhecer a pessoa e descobrir se ela merece
seu prezar ou repúdio.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 25 de outubro de 2014.
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