Ledo engano!
Sei lá, definitivamente eu não sou o tipo mais “liberal”
de balzaquiana. “Todavia, porém, contudo”, não sou ignorante. Não acho que seja
um ato, uma loucura, uma noite que defina a forma com que a relação vai seguir
adiante.
Para quem pensa assim, eu diria que até “acompanhantes”
conseguem fazer-se de santas para, em não cedendo à atração e instintos
naturais, demorar meses para transar com o sujeito e tornarem-se suas “namoradinhas”
decentes e, quiçá, esposas perfeitas.
Prefiro acreditar que o ser humano não é tão
limitado, como diria Raul Seixas. Para mim, homens e mulheres não podem ser
definidos por uma noite, um jantar ou semanas de convívio. As pessoas são a
franqueza no olhar, a sinceridade das palavras, o suor que derramam, a
honestidade no trabalho, a inteligência com que pensam, a autenticidade do que
sentem, a alegria com que sorriem.
Logo, estabelecer prazo para sexo é só mais uma
forma de gente imbecil ser iludida. A questão, no entanto, é ter ciência de que
“beijos não são contratos”, é saber que tudo é um risco, pode virar um namoro
se ambos tiverem mais afinidades psíquicas e mentais do que físicas, como pode não
passar de uma noite.
Sei lá, eu acho que pensar não custa e, se lhe for impossível
pensar, por favor, não fique aficionado pelo ilustre desconhecido ou vice e
versa, neste e em qualquer quesito, o que mais vale é a reciprocidade, porque
ficar e achar que está namorando é de ultima! Coisa de gente sem autoestima e equilíbrio
psíquico. Ser adulto é tornar-se responsável pelos resultados de suas ações,
mais, é assumi-los com bom humor, sejam eles quais forem.
Agora, por favor, sem estigmas, sem preconceitos,
embora se saiba que a sociedade em geral é machista, mas não custa olhar para
os lados e ver a quantidade de homens casados com “damas” que os traem com
qualquer um, certo?! Machos se enganam, capiche?
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 27 de outubro de 2014.
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