Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Dormindo com o inimigo.

Dormindo com o inimigo.

Após o “água com açúcar” bobinho do “(500) dias com ela” assisti a “Dormindo com o inimigo”. Um filme da década de 1990 que, sim, me fez me sentir velha! Mas me fez ver que, quando eu era criança, as atrizes eram mais bonitas fisicamente: nem tão saradas e graúdas, nem tão esqueléticas.
O corpo da lindíssima Julia Roberts era, naquela época, ao meu ver, perfeito. Não, não meu amigo, nada contra, mas eu não sou homossexual, sou só uma mulher bem resolvida que não sente inveja de corpos verdadeira e não artificialmente belos. O filme conta a história de uma mulher linda e vitima de violência psíquica e física.
Do filme a gente percebe como a violência psicológica pode deixar mais marcas do que agressões físicas. É lamentável, mas até hoje em dia os ataques que mais doem não são valorados por aqueles “bondosos” julgadores de plantão. Eu falo com certa cátedra: nada, nada no mundo pode ser pior para o psiquismo de uma pessoa, mormente de uma mulher, do que agressões psíquicas e morais.
Por isso, em que pese exista o uso abusivo, considero a Lei Maria da Penha um avanço nacional, em que pese, sabemos muito bem, as pessoas olhem com mais preconceito para a vitima do que para o agressor. Sim, acredite, isso ocorre! Por conta de meia dúzia de mulheres maldosas, as reais vitimas se veem criticadas pela sociedade que acha que elas são permissivas quando, na verdade, só se apaixonaram pela pessoa errada. Muito errada, por sinal.
E, quanto a violência psicológica? Ah, os julgadores da vida alheia chamam de frescura, de bobagem, porque, em primeiro lugar, ninguém a vê, ela ocorre as escondidas, em segundo lugar ela não marca a pele, só a alma, a mente e pode levar uma pessoa a insanidade, mas, como os outros não veem, ela é “nada”.
A lei até que evoluiu, o difícil mesmo são as pessoas se aprimorarem e pararem de julgar e criticar o que não veem, o que não sabem, o que não sentem, o que desconhecem por completo. E, mais, o difícil mesmo são os seres humanos compreenderem que o que afeta a mente, a autoestima e a alma dói muito mais do que o que fere o corpo.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 10 de outubro de 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.