Corpos e mídia
Impressiona-me o poder da mídia sobre as pessoas. Não existem opiniões próprias para a maioria, existe o que as revistas expressam, jornais publicam, televisão transmite, estilista lança, publicitários alardeiam.
Você acha que a ode à magreza é uma característica sua? Você acha que estar um pouco mais roliço lhe deixa nervoso por causa de um descontentamento inerente seu? Se você acha esta enganado.
Você valoriza silhuetas esguias, porque há anos são elas que estampam capas de revista, desfilam seminuas com os biquínis que você sonha em ter no verão, e estão ao lado dos galãs do cinema internacional e, em alguns casos, nacional.
Infelizmente, se “tudo” mudar, ter um quadril redondo, pernas pouco malhadas e uma barriguinha menos “sarada” serão seus objetivos. O ser humano segue a mídia e a moda por ter certa carência interior, uma vã vontade de ser “aceito” e, portanto, admirado e elogiado.
Falo “infelizmente” porque o “tudo” que pode mudar são os ditames da mídia, não os conceitos de cada cidadão, aliás, a maioria desconhece o que significam “opiniões pessoais”, afinal, por trás das “suas” estão uma série de fatores alheios, mas que ela “adapta” como se fosse seu, sem sequer perceber.
Quanto maior a obsessão do individuo pelo seu reflexo no espelho, menor sua auto-estima, seu contentamento e, em não raros casos, seu humor, sua alegria de viver e sua leveza (da alma, a única relevante). Portanto, antes de se matricular numa academia, de correr em vias públicas, de fazer plástica, dietas restritivas ou outra espécie de cirurgia analise o “porque” você não se sente bem, se é que realmente se sente “mal”. Se a questão for a sua saúde, é um bom motivo para começar a se exercitar, se seu médico alertá-lo.
“Aprenda” a pensar, afinal, se a mídia fizer suicídio virar moda e considerá-lo “glamoroso” a densidade demográfica irá diminuir rapidinho. O mundo precisa de pessoas com idéias próprias e não de gente repetindo o que os “famosos” e poderosos dizem e deixam implícitos na publicidade que o mundo “consome”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de janeiro de 2012.
Impressiona-me o poder da mídia sobre as pessoas. Não existem opiniões próprias para a maioria, existe o que as revistas expressam, jornais publicam, televisão transmite, estilista lança, publicitários alardeiam.
Você acha que a ode à magreza é uma característica sua? Você acha que estar um pouco mais roliço lhe deixa nervoso por causa de um descontentamento inerente seu? Se você acha esta enganado.
Você valoriza silhuetas esguias, porque há anos são elas que estampam capas de revista, desfilam seminuas com os biquínis que você sonha em ter no verão, e estão ao lado dos galãs do cinema internacional e, em alguns casos, nacional.
Infelizmente, se “tudo” mudar, ter um quadril redondo, pernas pouco malhadas e uma barriguinha menos “sarada” serão seus objetivos. O ser humano segue a mídia e a moda por ter certa carência interior, uma vã vontade de ser “aceito” e, portanto, admirado e elogiado.
Falo “infelizmente” porque o “tudo” que pode mudar são os ditames da mídia, não os conceitos de cada cidadão, aliás, a maioria desconhece o que significam “opiniões pessoais”, afinal, por trás das “suas” estão uma série de fatores alheios, mas que ela “adapta” como se fosse seu, sem sequer perceber.
Quanto maior a obsessão do individuo pelo seu reflexo no espelho, menor sua auto-estima, seu contentamento e, em não raros casos, seu humor, sua alegria de viver e sua leveza (da alma, a única relevante). Portanto, antes de se matricular numa academia, de correr em vias públicas, de fazer plástica, dietas restritivas ou outra espécie de cirurgia analise o “porque” você não se sente bem, se é que realmente se sente “mal”. Se a questão for a sua saúde, é um bom motivo para começar a se exercitar, se seu médico alertá-lo.
“Aprenda” a pensar, afinal, se a mídia fizer suicídio virar moda e considerá-lo “glamoroso” a densidade demográfica irá diminuir rapidinho. O mundo precisa de pessoas com idéias próprias e não de gente repetindo o que os “famosos” e poderosos dizem e deixam implícitos na publicidade que o mundo “consome”.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 29 de janeiro de 2012.
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