Virtualidade excessiva
Eu estou um pouco cansada do mundo virtual, sites de relacionamento, Messenger, emails, toda forma de contato que nos dá a sensação de estar conhecendo as pessoas e de estarmos sendo decifrados, afinal por mais utilidades que tenha, jamais suprirá o bom e velho diálogo “ao vivo”.
Sinto falta dos flertes da época em que o sujeito não perguntava nosso endereço no Facebook ou MSN, apenas se comprometia em nos telefonar no outro dia. E ligava, não passava a noite mandando mensagens românticas que antecedem um jantar insosso.
As pessoas estão perdendo a habilidade de serem legais enquanto se tornam “teleguiados”. Ninguém mais curte a vida, as férias, os amigos sem publicar fotos e afirmativas elogiosas na internet, ninguém muda o visual sem contar ou colocar fotos no Facebook. É como se a maioria precisasse da aprovação alheia, precisasse ser bem quisto, bem julgado e, para tanto, se expõe muito e bem, se exibe.
Faz falta o “pessoalmente”, faz falta os elogios a nosso humor e alegria e não a nossas fotos aferidas nos sites e programas que possibilitam a interação a distância. Faz falta uma pessoa elogiar seu cheiro e não a frase que você postou, faz falta o contato humano no mundo real e não a simpatia do mundo virtual.
Não nego o inegável: a internet possibilita o surgimento de vários relacionamentos que não nasceriam sem ela, ela aproxima as pessoas, mas, como tudo, tem seu lado avesso, afinal, de tanto aproximar cidadãos e diminuir distâncias ela acaba distanciando as pessoas do mundo real e afastando a distância entre os indivíduos longe do teclado.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 19 de janeiro de 2012.
Sinto falta dos flertes da época em que o sujeito não perguntava nosso endereço no Facebook ou MSN, apenas se comprometia em nos telefonar no outro dia. E ligava, não passava a noite mandando mensagens românticas que antecedem um jantar insosso.
As pessoas estão perdendo a habilidade de serem legais enquanto se tornam “teleguiados”. Ninguém mais curte a vida, as férias, os amigos sem publicar fotos e afirmativas elogiosas na internet, ninguém muda o visual sem contar ou colocar fotos no Facebook. É como se a maioria precisasse da aprovação alheia, precisasse ser bem quisto, bem julgado e, para tanto, se expõe muito e bem, se exibe.
Faz falta o “pessoalmente”, faz falta os elogios a nosso humor e alegria e não a nossas fotos aferidas nos sites e programas que possibilitam a interação a distância. Faz falta uma pessoa elogiar seu cheiro e não a frase que você postou, faz falta o contato humano no mundo real e não a simpatia do mundo virtual.
Não nego o inegável: a internet possibilita o surgimento de vários relacionamentos que não nasceriam sem ela, ela aproxima as pessoas, mas, como tudo, tem seu lado avesso, afinal, de tanto aproximar cidadãos e diminuir distâncias ela acaba distanciando as pessoas do mundo real e afastando a distância entre os indivíduos longe do teclado.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 19 de janeiro de 2012.
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