Inconvenientes
Inconvenientes são aquelas pessoas que não sabem a hora de falar e, quando falam, não sabem o momento de parar: são tão cheia de si mesmas que transbordam arrogância e pretensão.
Sabe aquele cidadão que não suporta o que lhe contraria? E, por não aceitar o que avilta suas opiniões, que, a seu ver, são superiores e mais inquinadas de “pureza” e “bondade”, precisam falar o que pensam, por mais estúpido que seja o seu pensamento, ou melhor, por mais que ninguém queira saber dele?
Pois é, este cidadão é um ser humano inconveniente. De regra o sujeito acha que possui personalidade forte, “opiniões marcantes” e sinceridade avantajada. Pois é, mas o mal do cara não é ser sincero, é não saber quando a sinceridade convém e quando ela é desnecessária.
E, por não mensurar corretamente os momentos corretos para se manifestar ou se calar, bem como por não medir a sua franqueza, este sujeito se torna estúpido, grosso e tosco, porque suas opiniões são descabidas, ou melhor, por mais corretas que elas sejam, são dadas quando são prescindíveis, desnecessárias, irrelevantes, enfim.
Falar o que pensa quando lhe pedem é um sinal de sinceridade, falar o que pensa porque discorda do outro e acha a sua opinião “abençoada” é estupidez, tolice, é, pois, o que diferencia um sujeito educado e interessante de um inconveniente e bruto. Tão importante quanto pensar de forma justa e saber falar é saber quando o pensamento deve ser expresso.
Cláudia de Marchi
Passo Fundo, 03 de janeiro de 2012.
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