Amor, admiração e convívio.
Eu acredito em tesão, em paixão, em antipatia a
primeira vista, mas amor, amor não! Amor não surge de um olhar, a paixão
talvez. Amor de verdade, amor para ser amor, requer admiração e para admirar é
preciso conhecer.
Enquanto você admira só a beleza, a aparência e a
postura, você não ama, você se atrai, você se encanta. Amor é o que surge após,
quando até de olhos fechados e no escuro você pode conversar e se divertir com
o outro.
Enfim, eu tive uma vida recheada de paixões,
algumas a primeira vista, outras a terceira, mas todas intensas paixões!
Houverem as que duraram anos, houveram as que me fizeram usar aliança e as que
duraram meses, com muita lealdade e respeito mútuo (isso sempre!).
Porque a gente só ama o que admira e admiração
requer conhecimento, contato, dia a dia, requer ver que o outro era o que
desejávamos e nos aparentou ser naqueles momentos pretéritos em que a paixão
pululou em nós!
O amor não surge necessariamente com o tempo, ele
surge com o descobrimento do outro e nada pode ser mais útil para isso do que o
convívio, um dia após o outro, muito dialogo, algumas vivencias. O amor não apenas
se constrói, ele se descobre no convívio, quando a gente olha para o outro e
pensa: "Que ser humano admirável!".
A paixão é do corpo, a admiração é da mente e o
amor nasce de ambos e, para tanto, demora. Vivi paixões, porque ao ver que não
haveria admiração, brevemente desistia. Gosto demais de mim, da minha companhia
e paz para desperdiçar tempo com quem não cativa minha alma e minha mais
profunda admiração.
Se alguém me perguntar se eu quero um
"amor", direi que não! Apaixonados usam está palavra, logo se for
para inserir alguém em minha vida eu quero mesmo é admirar e ser admirada. O
resto é elementar a qualquer beijo na boca (ninguém beija o que não desperta
atração).
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de maio de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.