Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 10 de maio de 2015

Dona Joceli.

Dona Joceli.

Eu podia ficar sem esta postagem, afinal homenageio esta senhora, minha amiga desde que nasci, diariamente, mas ela merece e toda homenagem a ela destinada é pouca! Esta senhora não é apenas uma mãe, não apenas aquela que me pariu (porque se perguntada hoje em dia preferiria não ter parido), mas isso não afasta a minha admiração por ela, pelo contrário, a justifica!
Veste-se como Amélia, destinou a mim a missão de ser e agir como ela nunca agiu ou foi, mas gostaria de ter sido. Sim, ela foi vocacionada a ser “mãe de miss”, porque vê uma celulite em mim e age como se eu estivesse próxima a ter que amputar a perna ou a bunda.
Mas, convenhamos, ela é livre de espirito, é sábia, é amável, sabe tudo e mais um pouco de mim, sabe os nomes de todos com quem fiquei, sabe os segredos dos que namorei, sabe de todas as burradas que fiz alcoolizada ou sóbria, enfim, sabe tudo de mim e nunca me criticou, nunca!
Só soube amar e respeitar é primordial para o amor! Ela apenas dialogou e contribuiu para a minha tradicional autoanalise, aquelas nas quais me “imbuo” da missão de ser melhor e agir mais acertadamente na próxima! Ela me faz rir, me faz gargalhar!
É sem duvida minha melhor amiga e pessoa mais admirável, respeitosa, educada e de trato fino e elegante que conheço em que pese não ganhe milhões por mês e tenha parado de trabalhar a pedido do marido (papai) quando casou.
Uma pessoa incapaz de falar estupidez sem razão, de querer impor seu pensamento ao outro, afinal é mestra na arte de amar e sabe que, por mais que queiramos o bem do outro, o desejamos sob o nosso ponto de vista que, nem sempre (ou quase nunca!) é o mesmo do outro, logo, resta-nos calar e deixar o outro viver como lhe apraz!
Enfim, eu poderia escrever um livro para a minha mãe, mas me resigno a dizer: é um ser humano com o qual todos têm o que aprender! Todos! Porque com a sabedoria dos 63 anos, nunca criticou alguém de forma grosseira ou desrespeitosa e, foi com ela que aprendi que, cada um faz o que quer da vida e, se não gostamos de seus atos, resta-nos afastar, silenciar, respeitar e cuidar da nossa vida sem impor nosso ponto de vista de forma estupida e desarrazoada. Amo-te e admiro-te “dona” Joceli Aparecida Marcondes! E seu dia, ao meu lado, não é hoje, são todos os dias!
É o único ser humano neste mundo sem o qual eu não me imagino vivendo alegremente como vivo, mas se um dia for necessário, viverei, não por mim, mas em respeito aos ensinamentos que me passaste diariamente desde 1982 quando me pegaste nos braços e disseste (sempre me contou isso e escreveu no meu álbum de fotos cor de rosa!): “Linda Claudinha, você tem a missão, a obrigação de ser feliz.” E, hoje em dia, madura, sofrida e forte eu a cumpro com destemor dona Joce, amor da minha vida!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 10 de maio de 2015. 

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