Cantada infame na manha de sexta-feira: breve histórico!
Sobre uma cantada infame que ouvi hoje. Estava há
alguns dias conversando com um sujeito de uma cidade vizinha. Pela manha falou
que a tarde viria para Sorriso. Por saber que a mãe do individuo mora aqui,
perguntei se ele dormiria na cidade.
Achando que ele diria que sim, pois a mãe aqui
reside, ele disse o seguinte: “Se você me der pouso? (a criatura escreveu “poso”,
mas não tenho tal coragem!.” Eu respondi que, se muito, poderíamos tomar uma
cerveja e comer algo. A seguir, o cidadão lança: “E algo mais...”. Usei o
tradicional “como assim” e, novamente...”algo mais”.
Sem dar-me ao trabalho de responder, fiz o de
sempre! Bloqueei e exclui! Realmente o cavalheirismo, a gentileza masculina e o
bom senso estão se esvaindo. Ah, se todo cara deseja sexo? Talvez, mas custa
muito mascarar a necessidade avantajada de transar com alguém?
Mulheres normalmente e no meu caso, nunca saem num
primeiro encontro desejando sexo! Tanto é verdade que os caras com quem dialogo
são os que me parecem inteligentes e decentes não sarados e bonitões. Se eu
quisesse transar de primeira eu ia conversar com cara tortéi (massa por fora e
abobrinha por dentro), não com sujeito não tão bem afeiçoado, mas “legal”.
Se os caras costumam já sair para um encontro
querendo transar? Pode ser, provavelmente sim, mas, sabe onde falta o bom
senso: na explicitação. No dizer, no galantear uma mulher já subentendendo que
ele quer mais do que um bom papo.
Eu nunca fui do tipo que conhece pessoas e, antes
de determinado tempo e conhecimento mutuo, queira algo mais. Intimidade se gera
com dialogo, conversa, risadas, afinidades. Não com uma bebida na sexta-feira à
noite e nunca, absolutamente nunca com cara despreparado que deixa “na cara”
que quer o que eu presumo sempre que homens queiram!
Não necessita subestimar a inteligência de uma
balzaquiana, não necessita ser óbvio, não necessita ser tão explicito. Um pouco
de mistério, uma sutileza cavalheiresca sempre cairá bem. Aliás, são estes os
segredos da conquista de uma mulher verdadeiramente madura e segura de si. As
outras, as desesperadas e inseguras? Ah, dessas eu não entendo e nem me
interessa.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 29 de maio de 2015.
Muito bom teu texto! Aliás, tudo o que vc escreve é sempre muito bom! `Parabéns e continue assim!
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