Hedonismo sim, hipocrisia não.
Aprenda que a única coisa que deve ser eterna nesta
vida é a sua felicidade, o seu bem estar, a sua paz de espirito. Não existe
vinculo que lhe segure para sempre quando você não quer ser segurado.
Nem a maternidade para quem não é vocacionada a ser
mãe prende para sempre, não à toa mulheres colocam seus filhos para a adoção
por exemplo. Não venho dizer que isso é correto ou julgá-las, venho dizer que
ninguém é obrigado a se obrigar ao que não quer, que sempre existe um caminho,
uma opção, que não existem deveres impostos pelo moralismo e pela hipocrisia
social que não possam ser relativizados em prol do seu bem estar.
Digo, enfim que não existe altruísmo verdadeiro que
passe pela infelicidade. Sacrificar-se em prol de algo? Sim, é possível, desde
que este algo lhe faça bem, lhe faça feliz e lhe dê paz, do contrário você será
um masoquista.
Ah, e hipócrita, afinal se não lhe faz bem, se você
vivencia por quê? Para os outros lhe acharem “bonzinho”, não é? Para seus pais
não se rebelarem? Por que a sociedade “cobra”? Enfim, hipocrisia no modo hard,
só isso. E só lamento, inclusive.
É preciso ter culhões e ser muito corajoso para ser
feliz num mundo em que as pessoas conseguem dizer o que é certo para os outros
sendo que nem sabem o que é certo para elas mesmas. Se soubessem não cuidariam
da vida alheia.
É preciso ter coragem para mudar de caminho, de
atitude e de rumo quando não se há mais bem estar onde deveria haver. A religião
sabota a felicidade das pessoas. Essas questões de que deve se fazer isso, deve
se fazer aquilo, porque se não você não é bom e “Deus castiga”.
Sei lá, eu sou hedonista sim. Sou contra sacrifícios
por outros. “Ah, Cláudia, você não sabe amar!”. Não, eu sei, principalmente a
mim mesma. Não me sacrifico por pessoa alguma nesse mundo, porque ninguém vale
a minha infelicidade. E é por isso que a maternidade não é um sonho que me
pertença. Eu quero ter a liberdade de ser sempre minha, inclusive de ser egoísta
quando eu quiser.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 06 de maio de 2015.
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