Pare! Pare de ser inconveniente, baby!
Você que se acha um poço de sabedoria, que acha
suas opiniões tão essenciais e a si mesmo tão sábio que sai distribuindo
conselhos por aí, você que não analisa seus próprios erros e o que chama de
"pecado", mas adora criticar os alheios.
Você que acha que existe uma "justiça
divina" que será dura com os outros, mas não cogita da mesma
"justiça" em relação aos seus erros e a todas as vezes que agiu de
forma egoísta e ignorando os sentimentos alheios.
Você que adora falar mal dos outros pelas costas e
apontar seu dedo "santo" na cara de quem você acha que age ou vive
errado, você que não diferencia falta de educação de franqueza e crê que tudo o
que pensa é verdadeiro, imutável e certo.
Enfim, simplesmente pare! Pare que "tá"
feio! Vai procurar um psicanalista, um novo emprego, uma ocupação honesta, vá
ler literatura que preste, estudar, carpir um lote e, por favor, esqueça-se da
vida alheia ou deposite dinheiro na conta de quem você julga e em cuja
existência você opina.
Assim você adquire o direito de ser
"enganado" no sentido de que a sua opinião não é o que de fato é:
ignorante, estúpida e desnecessária. Tipo, dará até pra fingir que tem
relevância intelectual e prática e ouvi-la sem risos.
Tenho preguiça para gente arrogante, que anda de
nariz empinado, que se acha a pica das galáxias. Também tenho preguiça e muito
pouca paciência com gentinha convencida que se mete na vida alheia.
Aliás, sempre tive tal preguiça e hoje em dia ainda
tenho preguiça de conviver com gente que "paga pau" pra criatura que
se acha o suprassumo do universo e não é, porque se tivesse em si algo de
valioso teria humildade, alegria e graciosidade, não arrogância, petulância,
mau humor e grosseria. Enfim, conviver com seres humanos às vezes me da uma
preguiça tão grande que beira a sonolência!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 14 de maio de 2015.
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