Dois anos de Sorriso/MT.
Eis que chegou o dia 1º/05! Há exatamente dois anos
eu e minha mãe chegávamos aqui. Com o auxílio de meu papai que trouxe nossa
mudança pelos mais de 2500 Km que percorremos da saída da capital nacional da
literatura (terra do trigo, das prendas mais lindas do mundo, do Teixeirinha,
terceiro maior centro médico do sul do País e capital do planalto médio gaúcho,
ui, eu sou bairrista!) para nossa chegada à capital nacional do agronegócio.
Não nego que cheguei aqui num feriado muito, muito
sugestivo: dia dos trabalhadores, coisa que eu sempre fui! Vim primordialmente
pelo trabalho. Não deixei nada de ruim para trás, vim para mudar de vida e
mudar a mim mesma, amadurecer, crescer, sair da minha redoma comodista de “Claudinha”.
Cidade pequena, bem estruturada, longe de quem um
dia foi importante e terminou se tornando um incomodo em minha vida, em que pese,
distante também de quem é e sempre será importante.
Vim bem, sai da minha cidade com pesar, deixando
pessoas magnificas e amáveis, melhor amiga, grandes companheiras, família amável,
gastronomia excelente, gente linda, conhecidos adoráveis, minha universidade do
coração (UPF), cultura e bastante rock´n roll.
Mas sou da opinião de que, embora tudo e todos ao
nosso redor estejam bem e sejam bons, se não estamos contentes, devemos mudar. Cruzar
os braços não dá certo. Não tive sorte nos negócios, nem tinha um amor que me
prendesse ao meu RS amado, padecia de frio e mudanças drásticas de temperatura,
então, por que não mudar? Sorriso, por ter aqui alguns parentes, me pareceu
atraente e promissora.
Por um ano padeci de estranheza: cultura diferente,
muita grana, muita futilidade, pessoas frias, com medo de se relacionar com uma
“forasteira” (“Será que ela morde? Será que matou alguém e veio fugida? Será
que é incompetente? Será que é desonesta? Será que é biscate? Será que é homicida?
Será que matou o ex-marido? Ai, que medo!”)!.
Eis que o tempo passou e hoje eu adoro a cidade
onde vivo e, sobretudo, as pessoas que trago para dentro da minha casa. No trabalho,
fui abençoada por conhecer pessoas competentes, honestas, perspicazes e sábias,
pessoas que contribuíram para eu me sentir bem, muito bem onde estou.
Eis que, nesses 2 anos, não tenho do que me
arrepender, pelo contrário! Digo a quem interessar possa: se você não está
contente, mude! Você pode tentar e fracassar, só não pode desistir de tentar e
se acomodar onde não deu certo como você queria. Se existem pedras que lhe
fizeram tropeçar, não adianta querer dialogar com elas! Basta mudar de estrada,
mudar de rumo.
O mundo e o Brasil são muito grandes para você
ficar num lugar só, por mais bonito, rico e interessante que seja. O melhor
lugar do mundo é onde você se sente contente e feliz e, não nego, tendo minha
mãe como companheira eu vou para qualquer lugar do mundo!
Mas escolhi Sorriso, cidade mais jovem do que eu,
promissora, organizada e com um futuro enorme do qual eu quero fazer parte com
nobreza e honestidade. Como sempre pautei a minha existência e sempre pautarei!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 1º de maio de 2015.
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