Solidão e maturidade.
Você só se torna um ser humano efetivamente livre,
maduro e independente quando passa a ser fã da sua própria companhia de forma
que apegar-se a alguém se torna secundário e não uma busca constante fruto da
sua carência e pouco apreço por si mesmo.
Quando você gosta da sua companhia não irá se
contentar com qualquer alguém, com palavrinhas melosas e atos estúpidos. Enfim,
a sua seletividade aumenta, a sua tendência a ficar mais só também irá se
avantajar, existirão os que irão lhe criticar, mas por ser livre você pouco se
importará! Você é feliz e isso lhe basta! Os outros são só os outros.
Desconfie de pessoas que dizem que não conseguem
ser felizes sozinhas! Desconfie por inúmeros motivos. Primeiramente: qual o
problema de consciência, de carência e psíquico que uma pessoa possui para não suportar
o silêncio de seus pensamentos?
Em segundo lugar, é de uma tolice hedionda achar
que alguém vai suprir o que você não se dá, sabe por quê? Porque se você não se
ama, você não tem equilíbrio interior e, consequentemente, não tem maturidade
e, pessoa alguma, bem resolvida e feliz consigo mesma, vai suportar uma pessoa
infantil e sem noção do ridículo.
É preciso maturidade para se amar mesmo só, é
preciso maturidade para tratar com esmero quem merece esmero, é preciso
maturidade para saber viver, para deixar no ontem o que a ele pertence e seguir
adiante.
De nada adiante emendar uma relação na outra e
trazer do relacionamento (mal acabado) anterior vícios, recalques e carências. De
nada adianta, pois, precisar ser feliz acompanhado e não ser capaz de fazer
feliz a sua nova companhia.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 12 de maio de 2015.
Na própria natureza, aquilo que é diferencial é uma expressão rara. Quanto mais diferencial, mais raro.
ResponderExcluirUma minúscula pepita de ouro pode estar encoberta pela presença de várias toneladas de barranco, correndo o risco de nunca divisar a proximidade de outra pepita similar por eras sem conta.
Contudo, esta solidão de valores não é motivo para que esteja segregada de uma realidade completamente diferente a sua volta.
Segue adiante, mesmo envolta pelo barranco de valores comuns do cotidiano, incapaz de compreender sua essência e porque não se assemelha aos demais.
Contudo, mesmo o imenso barranco tampouco tem o poder de subvertê-la, dure o tempo que durar.