“A César o que é de César”
Às vezes você ouve algo que deveria lhe causar indignação, frustração ou tristeza. Na verdade, no momento em que você houve, sente, no mínimo, uma sensação de susto, algo como: “Nossa, não sabia que esta pessoa era assim.”
Então, de repente os minutos passam e você não sente mais nada. Absolutamente nada. Você pára e analisa a pessoa, então percebe que não teve nada de relevante com ela e que, igual a ela, existem milhares de outros indivíduos.
Não igual, mas mais elegantes, mais bonitos, mais galantes, mais jovens, mais cultos, mais divertidos, menos mal resolvidos, menos toscos, menos cornos, menos complicados e com maior habilidade para o convívio a dois.
Logo, você que é madura e já passou por muita coisa, vinda de gente que vale muito mais do que estes tipinhos que lhe causam surpresas desagradáveis, percebe que a noticia que ouviu não mudou em nada os seus sentimentos.
Ou melhor, sentimentos? Que sentimentos se esta pessoa, antes de agir assim ou assado já se mostrou não amável, não querida, não afetuosa, não sensível, não decente, não inteligente, não sedutora? Era, na verdade, um riquinho simpático com um passado ridículo. Um ex-otário.
E um ex-otário sempre será um otário! Homens de brio não sustentam ninguém a distancia, homens de brio sabem conviver e sabem distinguir uma mulher sincera, honesta, inteligente e bem humorada de uma biscate que só quer o seu dinheiro, as viagens que ele banca e beber a bebida que ele paga para compensar o carinho que ele não sabe dar.
Logo, você não se indigna, não fica brava, muito menos triste. Você já amou na vida, já se decepcionou por amor, não é qualquer homenzinho que age como criança que tirará o sorriso da sua face, a alegria do seu dia, tampouco a paz do seu espírito.
“Dai, pois, a César o que é de César”, então, pra que desonrar sua essência dando atenção pra quem não merece nenhuma lágrima derramada, nenhum suspiro, nenhum lamento? Dê-lhe indiferença e um pouco do seu desprezo e ainda assim, será demais!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 1º de julho de 2013.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.