Haja paciência II
Tenho nojo de gente grossa! Eu não tenho culpa se a pessoa é mal amada, infeliz, se não gosta do que faz, se acha que é vítima da humanidade, se não está contente com o salário que tem, se teve um dia, uma manha, uma tarde ou uma noite ruins.
Eu não faço sexo com ela, não durmo com ela, não acordo com ela, não pago o salário dela, não faço a comida dela, não sou empregada dela e nem, sequer a mando ou desmando! Repito a frase: "A César o que é de César", então, meu caro, não aceito que gente sem finesse venha ser grosseira comigo se eu não lhes fiz nada!
Ocorre que a gente precisa exercitar a tal da famosa “política da boa vizinhança”, então, para não mandar o sujeito pro inferno nós terminamos usando as redes sociais para desabafar ou, em ultimo caso, dar uma “indireta” que nem todo mundo compreende a razão.
A gente não dá indireta no Facebook por covardia, por medo ou por nada parecido com isso. A gente faz isso, porque creme da Lâncome custa caro, porque manter a beleza não sai barato e a gente quer cultivá-la.
Logo, às vezes é pelo nojo de olhar pra cara da pessoa estúpida que a gente não chega falando tudo o que pensa, é por preservar nosso estomago e bem estar que as indiretas nos são válidas, porque, não raras vezes, até a voz e o jeito vulgar do outro falar nos causa ojeriza, dependendo, é claro, de nosso estado de irritação.
Haja paciência, Senhor! Aliás: Paciência, paciência onde você foi parar? Acabo de descobrir que estou tão ansiosa hoje em dia, nesta minha nova rotina, que se for tomar um ansiolítico não agüento esperar o tempo de ele fazer efeito e acabo por me sujeitar a uma overdose involuntária. Paciência, você que era tão minha, volte para mim! Agora!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 04 de julho de 2013.
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