Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Todas as afinidades

Todas as afinidades

Todo e qualquer relacionamento começa e se mantém com base em afinidades. Isso, claro, quando não se trata envolvimento de pessoas por mero interesse ou carência. 
Pois bem, uma relação amorosa, para durar precisa que as afinidades se mantenham, todavia o fato é que o tempo nos modifica. De repente, a mulher com quem você casou aos 20 não é a mesma que esta ao seu lado aos 40 anos. 
Logo, para um casamento dar certo ambos devem crescer no mesmo nível, em especial no cultural. Não se trata de diferenças banais e superficiais como a financeira ou a de classe social. Trata-se, isto sim, das diferenças de cultura. 
Se um cresce, evolui, lê, se aprimora e o outro passa a vida lendo revistinha “Nova” e “Boa Forma” ou nem mesmo isso, um dia ou outro, a decepção surge. 
Não sou o tipo de mulher romântica (ou seria inexperiente?) no que tange a casamentos. Acho que nove em dez vezes os casamentos foram feitos para não durar. Não importa se deu certo por 10, 15, 20, 25, 30, 35 ou 50 anos, a regra atual é que os casamentos findem. 
Sabe por quê? Porque hoje em dia mulher não depende mais de dinheiro de marido, mulher é independente e impaciente, também. Enfim, acredito que não exista amor incondicional, mas necessidade incondicional. Se existem exceções? Claro, e eu acredito nelas. 
Casos de diferenças culturais grandes, onde o homem estuda, trabalha fora, vive num meio de pessoas cultas e a esposa mal sabe conjugar um verbo, se dão certo, é porque o homem se sente mais seguro sendo casado com uma mulher que é, culturalmente, inferior a ele, isso se ela não for, também, financeiramente dependente dele, o que reforça a sua “segurança”. Ou melhor, ilusão de segurança. 
Enfim, dentro do meu raciocínio acredito que, se uma pessoa sai da roça junto com a outra, estuda, cresce, lê, aprende a falar direito, a se portar direito e o outro continua sem a mínima noção de cultura urbana, cedo ou tarde, a decepção nasce e o casamento afunda. A menos, é claro, que o culto goste da referida “ilusão de segurança” gerada pela disparidade cultural. 
Existe, por outro lado, a insegurança que a pessoa inculta fica diante dos amigos e conhecidos do outro, que tem um nível cultural mais avantajado. Só bondade, carinho, simpatia, beleza, sexo ou filhos não constituem uma união feliz em que ambos são fiéis “para sempre”. 
É preciso que as afinidades não apenas se mantenham, como cresçam com o passar do tempo, é preciso que exista identificação entre o casal sempre, é necessário que o homem e a mulher se identifiquem um com o outro, do contrário, com decurso dos anos, um passa a estranhar o outro e logo, o fim chega. Um dia, não importa se cedo ou tarde, mas chega. 
Isso, é claro, para quem acha que cultura é virtude ou característica, existem pessoas neste País para as quais cultura não é algo, sequer, cogitado em suas mentes. Tem de tudo neste mundo! 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 25 de julho de 2013.

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