Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 7 de julho de 2013

Encontrando-me!

Encontrando-me! 

A vida é realmente misteriosa, todavia, nada nela se passa por acaso. Mas, nem por isso, precisamos ser arrogantes, beatos ou presunçosos o suficiente para dizer que entendemos tudo o que se passa nela e que aceitamos, sem dor, as suas contingencias. Hoje alguém nos desaponta, nos frustra, nos decepciona e nos magoa. 
De repente, na semana ou no mês seguinte, você se vê admirada com a bondade, a alegria e a luz de uma pessoa. Um ser humano que não merece ser magoado, que não merece, sequer, um arranhão de um gato neném. Todavia, você acaba por magoá-lo! Triste coincidência, certo? De vitima você passa a algoz e com quem não merece, frise-se bem! 
 Por alguma razão, você não se sente a fim, você se sente deslocada, perdida, estressada e não tem coragem de tocar a relação adiante, embora a outra pessoa, imersa em luz e bondade, deseje a sua companhia na sua vida. Então, o que ocorre? Sem querer e por ser demasiado sincera, você fere alguém que não merece. 
Fere, tal qual ou mais, foi ferida por outra pessoa que você julgava mal há poucos momentos. E isso lhe dói, lhe causa culpa, lhe tira o sono. Ocorre que não existem manuais para relacionamentos, é preciso química, é preciso afinidades, é preciso simpatia, é preciso empatia, inteligência, bom humor, alegria, mas também é preciso que você esteja interiormente equilibrado, tranqüilo e calmo. 
Afinal, do que adianta entabular uma relação se você, conhecendo-se, sabe que mais cedo ou mais tarde irá ferir ao outro? Tem gente egoísta neste mundo, gente que machuca aos outros por pensar unicamente em si e em seu bel prazer. Ocorre que não sou deste tipo reles e abjeto de ser humano (benzadeus!). 
Todavia, pessoas decentes não são assim, pessoas decentes são empáticas e sentem compaixão, antes de pensar na alegria que sentirão na companhia de uma pessoa especial, pensam na tristeza que podem lhe causar, enquanto estiverem psiquicamente perdidas. 
Sabe aquelas fases em que você não sabe se quer a blusa preta, vermelha ou rosa? Que você não sabe se quer assumir mais alguma responsabilidade ou quer erguer peso na academia? Que você não sabe se quer ter alguém pegando em suas mãos no final de semana ou quer ficar sozinho vendo televisão e chorando ao assistir um bom romance? 
Essas fases ocorrem, em especial para pessoas sofridas como eu, pessoas que estão entrando num mundo novo. Novo e estranho! E é por isso que eu penso na alegria e no bem estar de quem me admira, gosta de mim e quer ficar ao meu lado. 
Eu não sou uma pessoa simples, já sofri e já amei demais e, em hipótese alguma, quero causar dor com minhas confusões psíquicas a uma pessoa jovem, cheia de vida e de alegria. 
 Eu preciso mesmo é de uma xícara de leite com canela, um travesseiro, uma boa noite de sono e continuar tentando me encontrar nesta cidade em que estou vivendo. Numa realidade totalmente diferente da que já imaginei viver. Eu estou perdida e preciso me encontrar, porém, neste momento, não adianta tentar me chamar. Quando eu puder, sendo cedo ou tarde demais, eu chamo. Eu corro o risco, não tenho medo. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 07 de julho de 2013.

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