Antipatia seletiva
Chega uma fase da vida da gente que precisamos decidir quem queremos ser, ou melhor, isso nós sabemos, o que precisamos é definir o que queremos que os outros pensem que nós somos.
Então, chegando nesta fase eu resolvi que não me importo. Simplesmente eu não me importo com o que as pessoas que eu não valorizo pensam ao meu respeito.
Portanto, resolvi abrir mão da hipocrisia por completo na minha vida. Prefiro ser antissocial a fingir que gosto de quem eu não gosto ou, no mínimo, me irrita por alguma razão.
Resolvi ser antissocial com pessoas que abusam do meu humor e da minha paciência, com pessoas que acham que devem falar tudo o que pensam, sem sequer pensar antes de fazê-lo.
Enfim, eu cansei. Cansei de ser boazinha, queridinha e amável. De agora em diante eu serei o que sempre fui, boa e querida, mas com muita seletividade: só com quem merece. Adquiri uma antipatia seletiva.
Não serei afável com quem eu não tenho razões para sê-lo, com quem acha que, porque você sorri e é engraçada esta lhe dando liberdade para dizer e fazer o que bem entendem, sem a mínima noção de respeito.
De agora em diante eu serei “querida”, mas só para quem eu gosto, aos demais, deixo a minha antipatia, pensem o que quiserem, falem o que bem entenderem, eu não tenho obrigação alguma de ser "legal" com quem não merece.
Enfim, é chegada a hora de se impor, de mostrar quem a gente é. Respeito não se pede, se conquista, mas, diante de pessoas mal educadas, o negócio é impor-se ainda que estupidamente, apenas assim você ganha o seu respeito ou, pelo menos, a sua indiferença, o que é um favor que elas lhe fazem.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de julho de 2013.
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