Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Paixão

Paixão 

A paixão é como uma droga, um vicio. Anima-lhe, lhe leva ao céu e depois lhe tira o chão, lhe coloca frente a frente com demônios maléficos. A paixão lhe deixa suscetível demais aos atos do outro. 
A paixão faz a pessoa tranquila virar possessiva, a paixão faz a pessoa calma ficar furiosa, faz a pessoa segura de si virar ciumenta, faz a pessoa sã, ensandecer. Por ficar suscetível aos atos do amante, o apaixonado perde o chão quando o outro não corresponde as suas expectativas, a sua idealização, porque a paixão tem muito mais de idealização do que de razão. 
Logo, quando você se sente machucado, frustrado e ferido por aquele para o qual você entregou sua alma, você se torna uma pessoa capaz de fazer loucuras. Algumas por prazer, algumas por alegria e outras por decepção, por egoísmo, pela vontade de se apossar da alma do outro. 
Apaixonado você vivencia os seus melhores momentos e, também, os mais doentios. A cura para a doença, enfim, para o vicio da paixão é tentar amar mais a si mesmo do que ao outro. Se funciona? Talvez, a tentativa é válida, mas isso não é automático. 
Todavia, a verdade é que só o que cura o mal da paixão é o tempo, o decurso de um dia após o outro. Tudo ajuda desde que você consiga manter o controle sobre os seus impulsos e instintos mais primitivos que a paixão desperta no âmago do seu ser. 
Sendo a paixão um vicio de uma pessoa no corpo, na alma, no toque, na pele e na presença do outro até os doze passos dos alcoólicos anônimos ajudam a pessoa que deseja supera - lá. É preciso viver um dia de cada vez. Um dia sem chorar, um dia sem ceder ao outro, um dia sem ligar, um dia sem fazer loucuras. Sem fazer nenhuma loucura. 
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 13 de julho de 2013.

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