Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Exame da OAB

Exame da OAB 

Já faz tempo que estou incitada a escrever sobre isso. Ou melhor, desabafar. É incrível o que a aprovação por parte do MEC da formação de faculdades de Direito em qualquer lugar e com qualquer corpo docente fez pela minha amada área de trabalho! 
Vejo pessoas formadas em Direito cujo português faz qualquer semi-analfabeto passar vergonha, logo, deduzindo pelo que ouço, mal imagino quão terrível seja a escrita destas pessoas. 
Por isso sou a favor do exame da OAB e acho que ele pode ficar cada vez mais rigoroso para “peneirar” as aberrações que as instituições particulares deixam se formar e sair para as ruas envergonhando uma classe que deveria ser de pessoas cultas, estudiosas, educadas e que tenha um vocabulário, no mínimo, decente. 
Existem bacharéis que não deveriam, sequer se formar, e, como tais, devem continuar já que se formaram: meros bacharéis em Direito, advogados, não, por favor! A classe agradece. 
Não estou dizendo que o exame da OAB seleciona os profissionais que realmente “sabem”, como qualquer espécie de prova ela envolve conhecimento e equilíbrio psíquico, ou seja, a boa e velha tranqüilidade. 
Um aluno que sabe muito pode reprovar, porque ficou nervoso, não porque é egresso de uma má instituição ou tem parcos conhecimentos, todavia, no geral e de uma forma muitíssimo superficial ainda acho que tal prova é um mal necessário. 
Sou contra, isto sim, a abertura de instituições de ensino privadas em qualquer cidadezinha, sem um quadro docente bem preparado. O fácil acesso ao ensino tem os seus pesares, sobretudo na área jurídica. 
E quanto aos profissionais formados, talvez há anos, que envergonham a classe pela falta de profissionalismo, comprometimento, conhecimento e honestidade? Bem, quanto a estes me resta dizer que ética e decência não se aprende em escola ou faculdade, ou se tem ou não se tem e isso exame algum vai avaliar. Quiçá um psicotécnico bem elaborado? Não sei, talvez não fosse uma ideia tão estapafúrdia assim.
 Cláudia de Marchi 
 Sorriso/MT, 26 de julho de 2013.

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