Ojeriza

Ojeriza 

Tenho nojo de homens e mulheres vulgares, tenho asco de quem fala vulgaridades, de quem não tem finesse na forma de se expressar e de expor o que pensa. Não gosto de homens galinhas, odeio os “pegadores”. 

Gosto de quem valoriza o que tem no meio das pernas e, justamente por isso, não distribui o corpo por ai. Isso vale para homens e mulheres. Se conheço uma pessoa e descubro que ela tem “fama” de “galinha”, um homem, no caso, pego nojo na hora! É imediato, independe da minha vontade ou racionalidade. 

Homem que é homem não precisa levar uma mulher por dia para a cama, precisa satisfazer todos os dias a mesma. Homem que é homem não precisa conquistar várias mocinhas iludíveis, precisa conquistar todos os dias a mesma mulher. Eu falei mulher, não moça, não menina, não biscate, não mulherzinha interesseira, sem assunto e inteligência. 

Da mesma forma, tenho asco de quem sai à noite ou vai a qualquer lugar e fica falando dos “gatinhos” e das “gatinhas” das redondezas. De regra pessoas assim, sequer selecionam quem acham belos ou não.  

Gosto de quem sabe maneirar o que fala, de quem controla o que sai da sua boca em relação ao que passa na sua mente: tem coisas que todos podem pensar, mas falar já é esdrúxulo! 

Gosto de homens finos, educados, elegantes e discretos que valorizam o que possuem e, principalmente, quem são. Gosto de homens que preferem a solidão a terem “qualquer” companhia, gosto de homens e mulheres seletivos e sinceros, afinal das contas, não raras vezes eles podem se enganar. 

Por exemplo, uma lady pode conhecer um cavalo que se faz de cavalheiro e dar-lhe “assunto” por algum tempo. Pessoas dispostas a iludir as outras é o que mais existe neste mundo. E eu tenho ojeriza a elas também. 

 Cláudia de Marchi 

 Sorriso/MT, 06 de julho de 2013