Distancia!

Distancia! 

Assim como você passa por fases financeiramente difíceis, passa por fases afetivamente difíceis, aquelas nas quais, indo para um lado ou para outro, você só conhece pseudo-homens, enfim, gente de milésima categoria! 

Aqueles tipinhos que dizem que lhe “adoram”, mas são incapazes de lhe, abraçar ou beijar publicamente. Sei lá se eles pensam que você pode ser uma puta disfarçada ou, de tanto conviver com elas, já não sabem diferenciar uma mulher de verdade de umazinha qualquer. 

De toda forma, uma vez ao seu lado em publico, impossível conservar algum romantismo ou vontade de tentar algo com estes “caras”, com estes tipinhos fracos de homens. 

 Você não chega a pegar completo nojo, mas fica se indagando: “O que eu fiz de ruim neste mundo para conhecer este tipo de macho, ou melhor, de garotinho disfarçado de homem?” 

Em especial eu, uma nobre mulher, divorciada, mas casada só no civil, sem filhos, honesta, “desinteresseira”, bem humorada, alegre e contente. Que diabos eu fiz pra conhecer homens que acham que, porque tem uma "graninha", podem demais? 

Caramba! Eu conheci muitos homens mais ricos nesta minha vida e eles ainda tinham a decência e a sensibilidade para cortejar e conhecer uma mulher, os daqui onde estou morando só tem intenções indecorosas. Faltam-lhes assuntos, afetuosidade, romantismo, cavalheirismo. 

Entretanto, uma coisa eu aprendi nos últimos dias aqui, morrerei sozinha a menos que um milagre ocorra, porque os homens daqui, do jeito que são, com esta cultura machista em que eles podem nos virar as costas e ignorar e ficamos ali paradas, tendo que achar tudo lindo e maravilhoso, não serve para mim. 

Francamente? Sou muito bondosa e inteligente para isso, logo, nem que leve minha beleza para a terra comer, me nego a conhecer este tipo esquizoide de ser humano. Disto (ou destes, nem sei diferenciar, para mim são coisas) eu quero distância! 

 Cláudia de Marchi 

 Sorriso/MT, 1º de julho de 2013.