Intrometidos II
Seguidamente eu me recordo daqueles argumentos tolinhos que usávamos na adolescência, quando estávamos conversando com uma pessoa especificamente e outra se “atravessava” na conversa, nós dizíamos: “A conversa é entre A e B, C está fora.”
Incrível, mas mais de quinze anos depois da fase em que eu usava esta argumentação tosca eu sinto vontade, inúmeras vezes, de dizer isso para as pessoas!
Então você está lá, contente, conversando especificamente com uma pessoa, porém na frente de outras, enquanto isso uma resolve opinar. Opinar com convicção, ainda por cima, sem tato ou delicadeza alguma na forma de se expressar.
Isso seria falta de educação ou soberba? Afinal das contas, para se intrometer na conversa alheia é preciso ter muita certeza da ideia que se pretende apregoar e não possuir a mínima noção de etiqueta para fazê-lo.
Opiniões não solicitadas nunca são bem vindas e as pessoas que as dão, são, de regra, desclassificadas no meu conceito. Sem educação, sem vergonha na cara e, de regra, recalcadas, mal amadas e mal resolvidas.
Primeiramente, me dão pena, em segundo lugar me dão nojo. Eu não tenho culpa das pessoas não terem boa educação, tampouco classe e elegância para se portar socialmente e saber o momento certo de calar e o de falar.
Se existe uma coisa que, se os pais não ensinam a vida deve ensinar para as pessoas é que nem tudo o que se pensa deve ser dito. É preferível pensar mil vezes antes de falar e calar-se do que opinar quando nenhum dos envolvidos no assunto pediu a sua opinião.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 25 de julho de 2013.
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