Eita vida! Mostrando a quem quiser ver que, em
dadas situações, só não mudam de ideias, aqueles que não têm ideias para mudar.
Os tolos, os hipócritas. Viver é um eterno surpreender-se, em especial e a
começar, com você mesmo.
Num dia você é aquele que nunca fez algo, que o tem
como impensável. Noutro você entrega-se a circunstâncias excepcionais, e faz.
Mais: fica feliz e não se arrepende. A vida é uma caixa de surpresas, onde as
melhores estão reservadas aos que não traem seus próprios sentimentos.
As melhores surpresas a vida concede aos que não
são, enfim, falsos e hipócritas cheios de opiniões, mas vazios de experiência.
Já me disse uma amiga há anos: "Nada como um dia após o outro, com uma boa
noite no meio." Com toda certeza, ela tinha razão.
Acontece que exceções são exceções, regras são regras.
A moral é você deixar cada uma em seu lugar. Se você tem por hábito agir de
determinada maneira, é porque está maneira melhor se afina com a sua
personalidade, com os seus pensamentos, enfim.
Acontece que viver não é seguir um trilho reto e
uniforme todos os dias, em todas as situações. Às vezes sair fora dele lhe faz
sentir-se bem, lhe faz, até mesmo, sentir-se capaz de não ser o que sempre foi,
alguém demasiado “correto”, alguém demasiado “perfeito”.
A felicidade não está na perfeição, está na
capacidade de sermos nós mesmos, mesmo quando isso represente agir de forma
diversa da que sempre agimos. A felicidade está em sermos leais aos nossos
momentos e vontades, independente do que o outro espera de nós.
Existem loucuras, enfim, que só conseguimos fazer
com muita maturidade, depois de muitas experiências, ainda que totalmente
diversas da nossa experiência “maluca” e diferente. E, fazer uma loucura, não significa
que tenhamos mudado ou enlouquecido, significa que somos capazes de fazê-la sem
nos sentirmos reféns de nada ou de ninguém.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 21 de julho de 2014.
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