Bom também.
Sei lá, eu acho que estou numa fase da vida em que
palavras não me importam. Não me venha com “você é tudo pra mim”, simplesmente haja
de forma a me fazer crer nisso, da mesma forma, nem ouse dizer para eu “confiar”
em você, porque se as suas atitudes não me parecerem confiáveis as suas
palavras é que não serão.
Acho que as pessoas têm muito apego a palavras
doces, melosas. Na fase de vida em que estou pouco me importa se você fala de
forma sensível ou grosseira, eu me interesso mesmo por aquilo que você não diz,
mas demonstra.
Como diria a minha avó: “papo até galinha tem”. Não
tô nem aí pra conversinha ou age bem, ou tem uma vida correta e atitudes
honestas ou, simplesmente, dê-me licença, a minha solidão não é incomoda, antes
ela do que ilusão gerada por palavras bonitas e quebrada por atitudes ridículas.
Se eu não confio em palavras, não vou começar a
confiar em você, apenas porque você me pede ou diz que me “ama”. Amor,
respeito, consideração e carinho a gente não precisa, necessariamente, dizer, a
gente demonstra com transparência, sinceridade, confiança.
Não adianta dizer que ama e instalar um programa espião
no meu computador, dizer que confia e clonar o meu celular. Confiança a gente
demonstra, respeito e amor também, o resto, nada mais é do que conversa fiada,
conversinha pra cativar gente carente e, sinceramente, na fase em que estou eu não
me dou ao luxo de ser carente.
Tenho muitas metas, muitos objetivos, muito
trabalho, muitos sonhos, muito amor de quem sempre foi franco comigo e,
sobretudo, muito amor próprio, para sentir-me “necessitada” de palavrinhas
agradáveis. Atitudes boas? Essas eu estou preparada para encarar, mas também
não estou esperando. Se vierem, ótimo, se não vierem, bom também.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 02 de julho de 2014.
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