Fase nova, fase estranha.
Que fase estranha! Trabalho sábado de manha
animadíssima! Chega domingo à tarde, estou louca para começar a segunda e
trabalhar. Recém almoço e quero voltar ao trabalho. Em casa um pouco de
televisão, um pouco de piscina, filmes e bate a vontade de voltar ao trabalho.
Só não dá vontade de estar trabalhando quando estou
dormindo. E ando dormindo bem menos do que o normal! Pois é, acho que estou
virando workaholic. Também, se não há sorte no amor, nem filhos pra criar,
vamos nos empenhar naquilo que depende unicamente de nosso esforço. Foi à
conclusão que cheguei.
Amar é divertido, é compartilhar experiências, dificuldades,
é beber junto, dar risada, cozinhar, assistir filmes, é legal. Mas é preciso
que seja amor, que seja profundo, que seja sério e, principalmente,
transparente e sincero, do contrário, o trabalho ainda é a prioridade mais
séria que podemos ter na vida.
Tem fases da vida da gente, em especial nós
mulheres, em que nada está bom se nossa vida afetiva está caótica ou vazia.
Todavia, o tempo passa, a maturidade chega e passamos a concluir que o tédio de
uma cama vazia é melhor do que a falsa diversão na noite e incômodos no outro
dia.
Quando a gente chega ao ponto em que nos devotamos,
especialmente, ao trabalho, conquistamos a nossa independência emocional, não apenas
financeira: se for para termos um relacionamento que nos atormenta, que
prejudica até a nossa concentração e animo no que amamos fazer, não vale a pena
nos relacionarmos.
O bom da fase em que o nosso trabalho assume papel
sumamente importante em nossa vida é que passamos a nos dar o valor que
realmente merecemos e fizemos isso contentes, felizes, porque estamos
trabalhando no que amamos, de forma que o resto, se tiver que vir, que venha,
mas que venha pra somar, pra animar, pra tranquilizar e pra alegrar, se não,
deixemos estar e veremos como fica. Simples assim.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 11 de julho de 2014.
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