Remuneração ilógica.
Estava divagando com minha mãe ontem pela manha e
falávamos sobre como o estudo é algo pouco valorizado no mundo, no que tange a
contraprestação financeira: você estuda anos, se especializa, se especializa de
novo e nunca ganhará o que um jogador de futebol, uma atriz, uma modelo ou um
apresentador de programa popular ganha num mês.
Se esse povo se dedica às suas respectivas
carreiras, não discordo, do contrário não teriam destaque. Acontece que eu me
dedico à minha, um professor bom e um neurocirurgião se dedicam às deles e, por
mais dinheiro que se ganhe, será pouco perto dos “milhões” que ganham os
jogadores citados e demais “artistas”.
Triste realidade, triste mundo, onde ter uma
habilidade num esporte, um corpo magérrimo e certo carisma dão mais frutos
financeiros do que ficar anos estudando e, para ser bom, continuar estudando o
resto da vida. Se dinheiro não é tudo? Com certeza não. Fazer o que se ama vale
mais do que milhões, todavia, o povo do esporte, da passarela e da televisão,
presume-se, também faça o que amam, logo, a remuneração deveria ser mais “lógica”.
Mamãe e eu concluímos nosso diálogo concordando
que, se fossemos os “chefes do Universo”, se fossemos Deus e pudéssemos influir
no pensamento das pessoas, faríamos o mundo todo admirar quem se esforça, quem
se dedica, quem estuda e, em consequência disso, não seriam os esportistas,
modelos, atores e toda espécie de “gente que aparece na tv” tão bem remuneradas.
Tão gritantemente bem remuneradas! Ganhar dinheiro
sim, mas não precisa ser um milhão de reais para apresentar um programa de
televisão, por exemplo. Como diria o Padre Quevedo: “Isso non ecziste” no “mundo”
das minhas ideias, valores e concepções.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de julho de 2014.
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