Pré-conceitos.
Somos escravos de nossos próprios preconceitos, ideias
preconcebidas e temores. Nossos pré-conceitos nos afastam de pessoas excelentes
as quais não nos dignamos a conhecer profundamente em virtude de sua existência
e do consequente receio que nossas ideias preconcebidas nos causam.
Apenas espíritos realmente livres descobrem que
tentar se desamarrar de ideias preconceituosas é a melhor, se não a única,
forma de ser positivamente surpreendido nesta vida. Apenas pessoas maduras
sabem que um ser humano é muito mais que uma ou outra característica ou
experiência pretérita de vida.
Às vezes, em função de nossos silogismos maldosos
acabamos cometendo injustiças homéricas. Pensamos assim “toda pessoa que faz
isso é aquilo”. “Fulana fez isso. Logo, fulana é aquilo”. Olvidamos, por
completo, que “fulana” é muito mais profunda e complexa do que aquilo que ela
fez e, uma conduta descontextualizada da regra da vida dela, não diz muito a
seu respeito. Ao menos não tanto quanto nossos pré-conceitos nos fazem crer.
Nós julgamos as pessoas com base numa palavra dita,
numa atitude tomada, com base em meras suposições que estão mais inquinadas de “nós”
mesmos do que do outro e, apesar disso tudo, nos consideramos “bons” e justos.
Ora, por favor! Quando agimos assim estamos sendo arrogantes, injustos e
consequentemente maliciosos.
As pessoas são de uma complexidade enorme, portanto
não abandone suas ideias, mas fuja de seus pré-conceitos, eles não o ajudam em
nada, só lhe tornam hipócrita e solitário. Conheça, depois forme a sua opinião,
cuidando para não projetar no outro as suas próprias fraquezas.
E, não se esqueça: opiniões podem mudar. Nada como
um dia após o outro nesta vida. Hoje o que ontem lhe pareceu ruim se mostra bom
e aquilo que era muito bom se mostra ruim. A vida é dos que vivem intensamente,
dos que experimentam, não dos que julgam.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 29 de julho de 2014.
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